“…Estes resultados estão de acordo com os resultados de SCARFÓ et al (15) , Ferreira (19) e HALLEK (16) , que descrevem um predomínio do sexo masculino na LLC. A razão para o maior número de casos de a doença ser em homens é desconhecida, mas podem estar associados à predisposição genética (21,22) .…”
Section: Questõesunclassified
“…As mutações dos genes NOTCH1 e SF3B1 também podem estar envolvidas na diferença entre os sexos em relação às respostas aos tratamentos (21) . A relação M:F nos casos de linfocitose B-monoclonal, uma condição precursora da LLC, é menor do que na LLC, isto significa que a doença parece iniciar-se igualmente entre os sexos e então se torna mais representativa nas mulheres durante a progressão da doença (21) . Baumann et al (23) observaram a predominância do sexo masculino em pacientes com menos de 70 anos de idade, porém entre os idosos ambos os sexos foram iguais.…”
Section: Questõesunclassified
“…Baumann et al (23) observaram a predominância do sexo masculino em pacientes com menos de 70 anos de idade, porém entre os idosos ambos os sexos foram iguais. A razão para o aumento do sexo feminino entre pacientes idosos pode ser devido à maior sobrevivência e melhor resposta ao tratamento em mulheres (21) , porém ainda não há uma boa hipótese para explicar essa tendência de melhor prognóstico em mulheres.…”
A Leucemia Linfocítica Crônica (LLC) é uma doença linfoproliferativa considerada a doença mais comum nos idosos no mundo ocidental. A citogenética é uma importante ferramenta prognóstica que demonstra as principais alterações cromossômicas predizendo o curso clínico da doença, a sobrevida do paciente e auxilia na escolha do tratamento. O vírus Epstein-Barr (EBV) é um γ ubíquo-herpesvírus que infecta mais de 90% da população mundial. A relação entre EBV e o curso clínico de pacientes com LLC é desconhecida. O objetivo desse trabalho é investigar a infecção do EBV em pacientes portadores de LLC. Foi realizado um estudo transversal de 46 pacientes sob diagnóstico de LLC e tratamento efetivado nos períodos de 2017 a 2019. Os dados foram obtidos pela revisão de prontuários médicos e registrados via formulário eletrônico com aspectos demográficos, clínicos, parâmetros hematológicos e perfil citogenético. Para a detecção do EBV foi utilizado o teste de reação em cadeia da polimerase (PCR). O DNA viral foi extraído com auxílio do kit “QIAamp DNA Mini” (QIAGEN) e submetido à reação de PCR, utilizando o kit comercial Ludwig Biotec, tendo como alvo o gene EBNA-3C. Observou-se que o sinal clínico mais frequente foi esplenomegalia e a linfocitose a alteração laboratorial de mau prognóstico. As alterações citogenéticas foram encontradas em 36,6% da população estuda e 16,67% foram de mau prognóstico (deleção 11q, 17p e tp53). Foram detectados 43,47% dos pacientes com DNA viral do EBV. Ocorrendo um aumento estatístico significativo de complicações e comorbidade e evoluções a óbito nos pacientes EBV positivo (p<0,03 e p<0,025, respectivamente). Houve correlação entre as alterações citogenéticas e a infecção por EBV (p<0,0001). Observando que a maioria dos pacientes diagnosticados nesse estudo com as alterações citogéneticas de mau prognóstico apresentarem DNA viral detectável para EBV, sugerindo-se que a infecção por EBV possa piora o prognóstico nesses pacientes, causando uma sobrevida mais curta. A maioria dos achados deste estudo assemelha-se aos relatos da literatura, contudo, evidenciou-se a necessidade de estudos com maior casuística a fim de melhor esclarece a relação entre a infecção do EBV com a LLC.
“…Estes resultados estão de acordo com os resultados de SCARFÓ et al (15) , Ferreira (19) e HALLEK (16) , que descrevem um predomínio do sexo masculino na LLC. A razão para o maior número de casos de a doença ser em homens é desconhecida, mas podem estar associados à predisposição genética (21,22) .…”
Section: Questõesunclassified
“…As mutações dos genes NOTCH1 e SF3B1 também podem estar envolvidas na diferença entre os sexos em relação às respostas aos tratamentos (21) . A relação M:F nos casos de linfocitose B-monoclonal, uma condição precursora da LLC, é menor do que na LLC, isto significa que a doença parece iniciar-se igualmente entre os sexos e então se torna mais representativa nas mulheres durante a progressão da doença (21) . Baumann et al (23) observaram a predominância do sexo masculino em pacientes com menos de 70 anos de idade, porém entre os idosos ambos os sexos foram iguais.…”
Section: Questõesunclassified
“…Baumann et al (23) observaram a predominância do sexo masculino em pacientes com menos de 70 anos de idade, porém entre os idosos ambos os sexos foram iguais. A razão para o aumento do sexo feminino entre pacientes idosos pode ser devido à maior sobrevivência e melhor resposta ao tratamento em mulheres (21) , porém ainda não há uma boa hipótese para explicar essa tendência de melhor prognóstico em mulheres.…”
A Leucemia Linfocítica Crônica (LLC) é uma doença linfoproliferativa considerada a doença mais comum nos idosos no mundo ocidental. A citogenética é uma importante ferramenta prognóstica que demonstra as principais alterações cromossômicas predizendo o curso clínico da doença, a sobrevida do paciente e auxilia na escolha do tratamento. O vírus Epstein-Barr (EBV) é um γ ubíquo-herpesvírus que infecta mais de 90% da população mundial. A relação entre EBV e o curso clínico de pacientes com LLC é desconhecida. O objetivo desse trabalho é investigar a infecção do EBV em pacientes portadores de LLC. Foi realizado um estudo transversal de 46 pacientes sob diagnóstico de LLC e tratamento efetivado nos períodos de 2017 a 2019. Os dados foram obtidos pela revisão de prontuários médicos e registrados via formulário eletrônico com aspectos demográficos, clínicos, parâmetros hematológicos e perfil citogenético. Para a detecção do EBV foi utilizado o teste de reação em cadeia da polimerase (PCR). O DNA viral foi extraído com auxílio do kit “QIAamp DNA Mini” (QIAGEN) e submetido à reação de PCR, utilizando o kit comercial Ludwig Biotec, tendo como alvo o gene EBNA-3C. Observou-se que o sinal clínico mais frequente foi esplenomegalia e a linfocitose a alteração laboratorial de mau prognóstico. As alterações citogenéticas foram encontradas em 36,6% da população estuda e 16,67% foram de mau prognóstico (deleção 11q, 17p e tp53). Foram detectados 43,47% dos pacientes com DNA viral do EBV. Ocorrendo um aumento estatístico significativo de complicações e comorbidade e evoluções a óbito nos pacientes EBV positivo (p<0,03 e p<0,025, respectivamente). Houve correlação entre as alterações citogenéticas e a infecção por EBV (p<0,0001). Observando que a maioria dos pacientes diagnosticados nesse estudo com as alterações citogéneticas de mau prognóstico apresentarem DNA viral detectável para EBV, sugerindo-se que a infecção por EBV possa piora o prognóstico nesses pacientes, causando uma sobrevida mais curta. A maioria dos achados deste estudo assemelha-se aos relatos da literatura, contudo, evidenciou-se a necessidade de estudos com maior casuística a fim de melhor esclarece a relação entre a infecção do EBV com a LLC.
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