Este estudo objetivou avaliar o impacto da intervenção: motivação e acompanhamento por profissionais de saúde na duração e exclusividade do aleitamento materno, por meio de um estudo clínico randomizado. As gestantes foram entrevistadas (n=154) e acompanhadas até sexto mês após parto. Todas receberam panfleto e assistiram vídeo sobre promoção do aleitamento materno na primeira entrevista na gestação, sendo divididas aleatoriamente em grupos: intervenção (n=51) e controle (n=103). O grupo de intervenção recebeu acompanhamento domiciliar aos 5 dias e retorno telefônico em 2 e 14 semanas após o parto. Após 6 meses de acompanhamento, 124 mães (Intervenção=50 e Controle=74) foram entrevistadas. A idade média das mães foi 26,5(±6.1) anos, sendo a maioria: cor de pele não-branca (58,9%), morava com companheiro (79%), até 8 anos de estudo (70,2%); multípara (64,5%); não trabalhava (54,8%) e recebia até 2 Salários Mínimos (81,4%). A maioria dos bebês era do sexo masculino (52,4%) e nascido de parto cesárea (61,3%). A taxa de aleitamento materno exclusivo foi 84%, 82%, 54% e 34% aos 5 dias, 2 semanas, 14 semanas e 6 meses respectivamente no grupo Intervenção e 17,6% aos 6 meses no grupo Controle. O grupo intervenção teve maior taxa de aleitamento exclusivo (p=0,03, RR 1,25) e aleitamento materno (p=0,02, RR 2,03) em relação ao controle. A intervenção estudada promoveu alterações positivas na duração e exclusividade do aleitamento materno aos 6 meses de idade, em comparação a educação em saúde tradicional, e pode ser usada na promoção da prática do aleitamento materno pelos serviços de saúde.