Introdução: O prolapso peniano decorre de causas multifatoriais como, o tratamento preconizado para o prolapso peniano pode ocorrer tanto na forma conservadora como cirúrgica. O conhecimento a respeito do funcionamento morfofisiológico desses animais é crucial para escolha de um protocolo mais seguro, possibilitando a monitoração dos sistemas respiratório e cardíaco durante a sedação e ou anestesia geral. Objetivo: Relatar o protocolo anestésico utilizado em procedimento cirúrgico de penectomia em jabuti. Relato de caso: Um jabuti, macho de aproximadamente 3 anos de idade, pesando 3,2 kg, com carapaça de diâmetro 37 cm deu entrada no Hospital Veterinário "Francisco Edilberto Uchoa Lopes" -HVU-UEMA com queixa de reincidiva de prolapso de pênis pela 2ª vez. Na medicação préanestésica foi utilizado dexmedetomidina (20 µg/kg), cetamina (16 mg/kg) e morfina (0,3 mg/kg) por via intramuscular. Contudo o animal ainda mostrou se ainda resistente e foi aplicado uma segunda dose com cetamina (16mg/Kg) e midazolam (1 mg/kg). A indução anestésica foi realizada com propofol (4 mg/kg) e mantido sob anestesia geral inalatória com isofluorano. Para analgesia trans-cirúrgica, foi utilizado a técnica de epidural (Cc1-Cc2), com Lidocaína 2% (0,1 mg/5cm). No pós-operatório foi utilizado Atipemazole (20 µg/kg), por via intramuscular, o jabuti foi internado para observação e controle de dor, com fluidoterapia na taxa de 5 ml/Kg/h, cloridrato de tramadol (5mg/kg) e meloxicam (0,1 mg/Kg). Discussão: A combinação de benzodiazepnicos, cetamina e opiodes, é frequentemente utilizada, a indução anestésica com propofol é preferível a indução com anestésicos inalatórios. A utilização de anestesia regional, como a peridural, mostra-se eficaz para procedimentos cirúrgicos como o de prolapsos de pênis, vagina e de reto. Conclusão: Para montar um protocolo seguro para sedação e anestesia de jabutis é necessário entendimento de sua morfofisiológia e farmacocinética dos fármacos. O aumento do atendimento dessas espécies na rotina veterinária promove oportunidade para pôr em prática tais conhecimentos, possibilitando a produção de discussões a respeito dos protocolos empregados e sua efetividade, com fim de embasar cada vez mais a anestesia nessas espécies.