“…Émile Durkheim, sobretudo em sua fase tardia, é uma referência basilar para a teoria da performance Smith, 2005), que incorpora também elementos da virada estética de Clifford Geertz (Alexander et al, 2011), e da teoria do drama de Victor Turner (Edles, 1998; Howe 2015), bem como dos estudos contemporâneos da performance, iniciados por Richard Schechner (2002). Além de conceitualizar este modelo macrossociológico da performance social, a "pragmática cultural" tem sido empregada para explorar uma grande variedade de situações empíricas, desde campanhas presidenciais (Alexander, 2010;Mast, 2012; Alexander; Jaworsky, 2014) e a Primavera Árabe (Alexander, 2011a), ao terrorismo e a Rebelião de Bacon (Reed, 2013) e a Guerra do Iraque (Alexander, 2011b); do processo de Verdade e Reconciliação da África do Sul (Goodman, 2016), às demandas de povos nativos por justiça social (Woods, 2016). No ensaio que se segue, espero demonstrar como a teoria da performance social pode esclarecer a arte do protesto durante a revolução comunista da China, o movimento americano por direitos civis de meados do século 20, e os protestos atuais, majoritariamente afro-americanos, contra a violência policial nas cidades americanas.…”