RESUMODevido à complexa dinâmica apresentada pelos leitos fluidizados se faz necessário o desenvolvimento de novas de técnicas de análise de sinais que representem, com maior fidelidade, as características reais destes processos, principalmente quando técnicas convencionais não são apropriadas para a caracterização de regimes de fluidização. É justamente neste cenário que surge a análise do caos determinístico como alternativa às metodologias clássicas empregadas. O presente trabalho objetiva aplicar a teoria do caos a sinais de variação de pressão, associando os invariantes caóticos, K e D, a regimes fluidodinâmicos de um leito fluidizado gás-partícula. Para tanto, utilizou-se uma coluna de acrílico (0,1 m de diâmetro) e ar na fluidização de partículas de catalisador FCC e microesferas de vidro, ambas pertencentes ao grupo A da classificação Geldart. Na obtenção dos sinais de pressão, foram empregados transdutores diferenciais de pressão a taxas de 1.000 Hz. Para ambas as partículas, notou-se acréscimo nos valores de K e D a medida em que a velocidade superficial do ar aumenta, alcançando valores máximos de tais invariantes na transição do leito fixo para a condição de mínima fluidização. A complexidade do sistema decai quando se atinge o regime pistonado. Como decorrência, constata-se que tanto a entropia de Kolmogorov quanto a dimensão de correlação podem ser empregadas como parâmetros de caracterização de regimes em sistemas fluidizados.