Relatamos um caso de uma paciente feminina, gestante de terceiro trimestre, em acompanhamento pré-natal regular na unidade básica de saúde, com boa evolução gestacional, porém apresentando lesões de pele há cerca de um ano, acompanhadas de alteração de sensibilidade, além de fáscies infiltrada e madarose. Sendo o Brasil um país endêmico em Hanseníase, ocupando o 2º lugar no mundo em número de novos casos, chama a atenção o diagnóstico tardio da paciente em questão. Aproveitamos este emblemático relato de caso para discutir aspectos importantes em relação à terapêutica no período gestacional (poliquimioterapia conforme manual do ministério, sem nenhuma alteração por conta da gestação), desfecho obstétrico, orientações quanto à lactação (não contra-indicada com a mãe em tratamento; pelo contrário, devendo ser estimulada) e cuidado ao recém nato.