Ceratoconjuntivite seca: Revisão sistemática

Abstract

A ceratoconjuntivite seca (CCS) ou síndrome do olho seco trata-se de uma afecção que se caracteriza de forma qualitativa e/ou quantitativa, sendo que geralmente ocorre em ambos os olhos (bilateral). Existem dois tipos de tratamento: o medicamentoso que consiste na utilização de lágrimas artificiais, imunossupressores, anti-inflamatório, antibióticos; e o tratamento cirúrgico em casos que não há resposta após a terapia medicamentosa. Este trabalho tem como objetivo buscar e avaliar os tratamentos da ceratoconjuntivite seca em cães que vem sendo utilizados nos últimos 15 anos, assim como a eficácia dos medicamentos e das técnicas cirúrgicas utilizadas, como também evidenciar a eficácia e importância da revisão sistemática. Foram selecionados 22 artigos, desses, 17 foram com base em tratamento medicamentoso, tendo como evidencia os imunossupressores (tacrolimus e ciclosporina, sirolimus), anti-inflamatório tópico (pimecrolimus), Etil-cianoacrilato e um inibidor de calcineurina, e cinco estudos selecionados foram utilizadas técnicas cirúrgicas, com diferentes eficácias de resultados. Baseado na literatura disponível e nos resultados da avaliação, os medicamentos utilizados apresentam eficácia em tratamentos por longo período; o transplante de glândulas salivares e o transplante de células mesenquimais têm mostrado resultados satisfatórios, a revisão sistemática tem a função de auxiliar o médico clínico na busca por novas alternativas de tratamentos.

Ceratoconjuntivite seca e melanose corneal em cão: Relato de caso

“…A incidência de CCS em cães é de aproximadamente 1% em hospitais veterinários universitários e de até 4% dos cães em uma população geral, e acomete com maior frequência os cães braquecefálicos, como cães da Pug, Shihtzu, Lhasa Apso, Pequinês, Buldogue Inglês, Yorkshire Terrier, Cocker Spaniel Americano, West Highland White Terrier e Schnauzer miniatura (Cherry et al, 2018;Lopes et al, 2021;Paula et al, 2018). Um estudo epidemiológico feito no Reino Unido comprovou que cães braquicefálicos, como Bulldogs, Pugs e Boxers, têm aproximadamente 3 vezes mais chances de desenvolver CCS que cães mesocefálicos, sendo essa oftalmopatia umas das desordens presentes na Brachycephalic Ocular Syndrome (BOS) ou Síndrome Ocular Braquicefálica (Costa et al, 2021;Nutbrown-Hughes, 2021;O'Neill et al, 2021).…”

“…Um estudo epidemiológico feito no Reino Unido comprovou que cães braquicefálicos, como Bulldogs, Pugs e Boxers, têm aproximadamente 3 vezes mais chances de desenvolver CCS que cães mesocefálicos, sendo essa oftalmopatia umas das desordens presentes na Brachycephalic Ocular Syndrome (BOS) ou Síndrome Ocular Braquicefálica (Costa et al, 2021;Nutbrown-Hughes, 2021;O'Neill et al, 2021). O teste lacrimal de Schirmer (TLS) é utilizado comumente em casos de suspeita de CCS e, além do baixo custo e facilidade de aplicabilidade, é uma eficaz ferramenta no diagnóstico desta enfermidade (Lopes et al, 2021;Paula et al, 2018). Em relação aos valores referenciais, indicam que valores acima de 15 mm/min são considerados normais e valores abaixo de 15 mm/min são indicativos de ceratoconjuntivite seca.…”