Centrais De Material E Esterilização E Covid-19: Reflexões Da Enfermagem

Abstract

Objetivo: refletir sobre como Centrais de Material e Esterilização como espaço de atuação da enfermagem diante da pandemia do COVID-19. Método: análise reflexiva, elaborada com publicações localizadas na base de dados da Biblioteca Eletrônica Científica Online, a partir da combinação de descritores da área, usando os booleanos AND e OR . Também foram utilizados documentos eletrônicos de órgãos e agências de saúde, internacionais e nacionais, relacionados à temática. Resultados:emergiram duas áreas temáticas: Central de Material de Esterilização como espaço de protagonismo das enfermeiras; e Central de Material e Esterilização na conjuntura de pandemia do COVID-19. Destacar-se a importância da biossegurança e a sobrecarga de trabalho na equipe de enfermagem. Conclusão: sendo uma enfermeira responsável técnica por esse setor, fica evidenciada sua contribuição no enfrentamento da pandemia, especialmente no ano definido pela Organização Mundial de Saúde como o ano internacional da enfermagem. Dar visibilidade às enfermeiras, na conjuntura atual, concentrar-se em uma ação intelectual e política.

Desafios dos enfermeiros que atuam em centro de material e esterilização: revisão integrativa.

“…Além disso, a RDC nº15, de março de 12, ainda incluem a limpeza, inspeção, preparo dos artigos, estilização, armazenamento, gerenciamento e distribuição dos mesmos, objetivando, além da segurança do paciente, a redução dos custos hospitalares e do tempo de internação. Dessa forma, na central de material esterilizado as atribuições do enfermeiro têm início ainda na fase de planejamento da unidade, sendo designado a esse profissional, a escolha apropriada tanto dos recursos materiais quanto dos recursos humanos, bem como o processo de seleção, treinamento e capacitação continuada dos profissionais de nível médio, levando-se em conta o perfil do setor (2)(3)(4)(5)(6)(7)(8)(9)(10)(11) .…”

“…Desde então, com a evolução das pesquisas, descobertas científicas, desenvolvimento de tecnologias e o emprego de técnicas mais modernas nos procedimentos cirúrgicos e também dos instrumentais, aumentou-se a demanda por equipamentos sem carga microbiana. Assim, surgiram as centrais de material e esterilização, como locais adequados ao processamento de produtos para a saúde (2,3) .…”

“…Nesse contexto, no Brasil, a organização da CME teve início por volta da década de 1940, desde então vem sendo gerenciada pela enfermagem, cuja prática é baseada em conhecimento científicos que fundamentam as ações do enfermeiro na busca constante por uma assistência de qualidade. Desse modo, a resolução nº 424/2012 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) descreve que compete ao profissional enfermeiro o planejamento, coordenação, execução, supervisão e avaliação de todas as etapas referentes ao processamento de produtos para saúde, fluxo de recebimento e entrega de materiais (3,5) .…”

Percepção da equipe de enfermagem sobre impactos da pandemia covid-19 sobre o trabalho na CME

“…Por fim, a literatura mostra que não se faz necessário incorporar novas recomendações para o processamento dos produtos assistenciais no Centro de Material e Esterilização. Porém, admite-se que a pandemia pode ter levado a um aumento da quantidade de materiais a serem processados, sobretudo, para a assistência respiratória e para procedimentos em pacientes com COVID-19 18 . O presente estudo evidenciou um aumento da cautela dos profissionais do CME no que se refere à higienização das mãos, à utilização do álcool em gel e um aumento do uso dos equipamentos de proteção.…”

Assistência de enfermagem na central de material esterilizado (CME)

“…Feito isso, esses materiais eram encaminhados à CME que, geralmente funcionava anexa ao centro cirúrgico, para serem esterilizados. Nas décadas subsequentes, adveio a centralização e, com isso, a racionalização dos processos de trabalho, com a padronização de técnicas eficientes para garantir a qualidade e a racionalização de custos (CARLOS, 2020).…”