Resumo Questionando algumas narrativas sobre o pioneirismo e as inovações conceituais do grupo Modernidade/Colonialidade, o objetivo deste artigo é discutir algumas formulações teóricas de Celso Furtado que se aproximam do que se entende atualmente nas ciências sociais latino-americanas como uma análise da “colonialidade” e que são anteriores ao trabalho do grupo. Discutindo a teoria da dependência desenvolvida pelo autor nos anos de 1970, examinamos os seus elementos de crítica ao eurocentrismo, à racionalidade instrumental, à ideologia moderna do progresso e às formas de vida associadas à civilização industrial.