“…A difusão cultural na área cinematográfica ocorreu através da criação de empresas como Vera Cruz (1949), Maristela (1950) e Multifilmes (1952), com inspiração nos estúdios hollywoodianos e manutenção de elenco fixo, tal como o star system, além da contratação de técnicos estrangeiros. Na esteira destas grandes companhias e em meio à empolgação pela "cota de tela", que instituiu, a partir de dezembro de 1945, a obrigatoriedade de exibição de um longa-metragem brasileiro para cada três estrangeiros (Simis 2010), foram criadas duas dezenas de produtoras em São Paulo, além da ocorrência de realizadores de trajetória independente, sobretudo após 1955, beneficiadas pelos financiamentos do Banco do Estado de São Paulo (Catani 2018) e (Costa e Canepa 2018). 1 Durante esta tentativa de industrialização do cinema paulista (Autran 2013), não há registros sobre a existência de filmes dirigidos por mulheres, exceto Estrada da Vida (1952), de Tânia Simões.…”