RESUMO Objetivo: Verificar a associação do perfil sociodemográfico materno, condições da gestação e do parto com a ocorrência do baixo peso de nascidos vivos a termo, no período de 2014 a 2018, na Região de Saúde Sul no Estado do Espírito Santo. Métodos: Realizou-se uma pesquisa observacional transversal, com coleta retrospectiva, a partir de dados provenientes da Declaração de Nascidos Vivos da Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo. Coletou-se informações quanto perfil sociodemográfico materno, condições da gestação. Realizou-se o teste do qui-quadrado. Resultados: As parturientes, em sua maioria eram casadas ou em união estável (75,27%), na faixa etária dos 20 a 35 anos (73,28%), com oito a onze anos de estudos concluídos (60,67%), em sua primeira gestação (98,9%), que não completaram o recomendado de consultas de pré-natal (99,5%) e tiveram o parto por cesariana (71,3%) realizados após a 38ª semana gestacional (90,8%), em ambiente hospitalar (99,76%). Verificou-se associação (p<0,05) do baixo peso ao nascer com os dados maternos: nível de escolaridade, situação conjugal, número de gestações, tipo de gestação, via de parto, número de consultas do pré-natal e idade. Conclusão: Percebe-se direta influência das características sociodemográficas maternas no risco de ocorrência de baixo peso ao nascer em neonatos a termo. Sendo assim, há a necessidade de efetivação das políticas públicas de saúde voltada para o atendimento integral da mulher, visando a saúde e qualidade de vida geral, e consequentemente, resultar assim em diminuição dos fatores de risco de saúde nos neonatos, como o exercido pelo baixo peso ao nascer.