Abstract:Resumo No presente artigo apresentaremos os resultados de uma análise comparativa entre as seis primeiras versões do poema Martim Cererê, publicado pela primeira vez em 1927 por Cassiano Ricardo. A partir dessa análise, foi possível demonstrar as alterações realizadas pelo autor e como essas modificações não derivam apenas de revisões estéticas ou gramaticais, mas apresentam nuances das tensões políticas que permeavam o campo intelectual no qual Cassiano Ricardo interagia.
“…Outra interpretação sobre os "novos bandeirantes" foi levantada por Batista (1985). Consideramos que ao se lançarem na arena política, os "novos bandeirantes" se ancoravam em quatro orientações básicas, que são: incorporar a atualidade sem quebrar as tradições; valorizar a cultura brasileira, acima de tudo, a língua; negar os estrangeirismos; e, por fim, defender a arte com cunho político (VELLOSO, 1983;CAMPOS, 2007;COELHO, 2015). A revista S.Paulo foi lançada em 31 de dezembro de 1935 e circulou apenas no ano de 1936 sob a direção de Ricardo, Picchia e Levém Vanpre 4 .…”
Neste artigo, convidamos o leitor a conhecer as formas como a revista S.Paulo (1936) publicizou o ideário bandeirista através da divulgação das ações do governo de Armando de Salles no campo da ciência e da saúde. Este estudo se debruçará sobre novos aspectos referentes ao ideário do Movimento Bandeira. Consideramos, também, que a leitura da revista S.Paulo foi relevante, pois através dela problematizamos a interação entre publicidade e os usos políticos das fotomontagens. Neste sentido, veremos como as estratégias visuais foram apropriadas para comunicar as ações do governo paulista no campo das ciências sob a ótica do ideário político dos “novos bandeirantes”.
“…Outra interpretação sobre os "novos bandeirantes" foi levantada por Batista (1985). Consideramos que ao se lançarem na arena política, os "novos bandeirantes" se ancoravam em quatro orientações básicas, que são: incorporar a atualidade sem quebrar as tradições; valorizar a cultura brasileira, acima de tudo, a língua; negar os estrangeirismos; e, por fim, defender a arte com cunho político (VELLOSO, 1983;CAMPOS, 2007;COELHO, 2015). A revista S.Paulo foi lançada em 31 de dezembro de 1935 e circulou apenas no ano de 1936 sob a direção de Ricardo, Picchia e Levém Vanpre 4 .…”
Neste artigo, convidamos o leitor a conhecer as formas como a revista S.Paulo (1936) publicizou o ideário bandeirista através da divulgação das ações do governo de Armando de Salles no campo da ciência e da saúde. Este estudo se debruçará sobre novos aspectos referentes ao ideário do Movimento Bandeira. Consideramos, também, que a leitura da revista S.Paulo foi relevante, pois através dela problematizamos a interação entre publicidade e os usos políticos das fotomontagens. Neste sentido, veremos como as estratégias visuais foram apropriadas para comunicar as ações do governo paulista no campo das ciências sob a ótica do ideário político dos “novos bandeirantes”.
“…Como foco de irradiação de tal "unidade espiritual", os "novos bandeirantes" reforçaram a predestinação de São Paulo em dar novamente a orientação dos caminhos da Nação, pois o Movimento Bandeira -assim como as Bandeiras históricas o fizeram -seria fruto da "arrancada da mentalidade paulista para a fixação e defesa das fronteiras da Pátria" (EDITORIAL, 1936, p. 1).8 Em primeira mão, esse ideário foi posto a serviço da campanha eleitoral de Armando de Salles Oliveira durante a frustrada campanha eleitoral no segundo semestre de 1937. No entanto, com a decretação do Estado Novo, esse ideário passou a servir a outro governante, a Getúlio Vargas e ao Estado Novo(COELHO, 2015). 9 O manifesto do Movimento Bandeira foi assinado -em 1935 -por Cassiano Ricardo, Menotti Del Picchia, Mario de Andrade, Alcântara Machado, Guilherme de Almeida, Paulo Setúbal, Monteiro Lobato, Almeida Prado, Fonseca Teles, Reynaldo Porchat, Guilherme de Almeida, Plínio Barreto, Rubens do Amaral, Valdomiro Silveira, Vicente Ráo, Paulo Prado e Afonso Taunay.…”
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“…Podemos dizer que Cassiano Ricardo foi herdeiro da corrente literária que exaltava a positividade dos feitos dos bandeirantes, especialmente a partir dos textos de Afonso d'E.Taunay (1922), Paulo Setúbal (1928) e Alfredo Ellis Jr (1934. Sendo tributário destas interpretações e, como outros escritores paulistas, se apropriou do símbolo bandeirante como expressão da personalidade desbravadora, destemida, altiva, determinada, independente, leal e líder(COELHO, 2015).Mesma perspectiva já havia sido apontada por Lúcia LippiOliveira (2000), a qual declara que Cassiano Ricardo destacou o bandeirante como o responsável pelas entradas no sertão, pela expansão das fronteiras da Pátria e pela formação da personalidade paulista.Para Enzo Travesso (2004) o "revisionismo" é uma palavra que possibilita várias interpretações e "que, en el curso del siglo XX, ha adquirido los significados más diferentes y contradictorios prestándose a usos múltiples y suscitando, a veces, malentendidos" (p. 69). O autor, ressalta que ao se colocararem como porta-vozes de uma escola histórica "revisionista", os negacionistas "lograron contaminar el lenguaje y crear, así, una confusión considerable en torno al concepto de revisionismo" (p. 69).…”
Editora Direitos para esta edição cedidos à Atena Editora pelos autores. Open access publication by Atena Editora Todo o conteúdo deste livro está licenciado sob uma Licença de Atribuição Creative Commons. Atribuição-Não-Comercial-NãoDerivativos 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0). O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores, inclusive não representam necessariamente a posição oficial da Atena Editora. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterála de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.Todos os manuscritos foram previamente submetidos à avaliação cega pelos pares, membros do Conselho Editorial desta Editora, tendo sido aprovados para a publicação com base em critérios de neutralidade e imparcialidade acadêmica.A Atena Editora é comprometida em garantir a integridade editorial em todas as etapas do processo de publicação, evitando plágio, dados ou resultados fraudulentos e impedindo que interesses financeiros comprometam os padrões éticos da publicação. Situações suspeitas de má conduta científica serão investigadas sob o mais alto padrão de rigor acadêmico e ético.
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