A partir da análise de inventários, testamentos, livros de notas, passaportes e periódicos publicados na Província da Bahia e em outras partes do Império brasileiro no século XIX, este artigo busca compreender a trajetória da crioula liberta Leonarda Maria da Conceição e sua rede familiar, bem como sua relação com a Sociedade Libertadora Sete de Setembro, uma importante agremiação emancipacionista baiana nos anos de 1870. Proponho-me a responder de que modo a Sociedade Libertadora Sete de Setembro entrecruzou o caminho dessa família negra. Ademais, é objetivo deste artigo também compreender em que medida a trajetória dessa família em particular ilumina outras lutas pela liberdade e de como a relação da mãe negra com os seus filhos foi utilizada pelos emancipacionistas e o que isso poderia representar.