O presente artigo analisa processos de musealização e representação que buscam comunicar a arqueologia e seus saberes para um público amplo no Brasil, evidenciando enredos da colonialidade, presentes em museus, exposições e outros vetores de socialização da arqueologia. O artigo mostra como dicotomias e hierarquias entre presente/passado, nós/outros e sujeito/objeto, bem como apagamentos e raptos efetivados por meio de imagens de controle têm marcado o contexto brasileiro. Como contraponto, o artigo salienta a emergência de contranarrativas, exploradas ao final do texto, como possibilidades de restituição de histórias e emancipação de coletivos.