“…No Brasil, esse fenômeno foi identificado em empresas privadas de auditoria contábil (CRUZ et al, 2018), nos níveis estratégicos da governança corporativa de empresas familiares listadas em bolsa (VACCARI, BEUREN, 2017), no departamento de contabilidade de grandes empresas (SILVA, MAGRO, SILVA, 2016), assim como em empresas da iniciativa privada, em geral (LIMA, LUCAS, FISCHER, 2011; SANTOS, TANURE, CARVALHO, 2014) De modo semelhante ao meio corporativo do setor privado, observa-se o efeito teto de vidro na administração pública em cargos de gestão em IFES (instituições federais de ensino superior) (MIRANDA et al, 2012(MIRANDA et al, , 2013SIQUEIRA et al, 2016;GONTIJO, MELO, 2017;GRANGEIRO, MILITÃO, 2020). Entretanto, os estudos no setor público, que desvendem o Teto de Vidro, ainda são escassos, assim como a abordagem da carreira feminina em contextos profissionais específicos (BACELAR et al, 2021) No setor bancário, não é diferente. Conforme apontado por Segnini (1998), Araújo (2003), Colombi (2002) e Lima et al (2010), apesar das mulheres estarem presentes nesta atividade desde a década de 30, a reestruturação do setor causada pelas mudanças tecnológicas aumentou muito a proporção de mão de obra feminina, entretanto seguem ocupando cargos inferiores e sendo alocadas no atendimento ao público, considerado uma atividade mais estressante.…”