Caracterização físico-químico de vinhos de mesa tintos elaborados na região do Planalto Norte Catarinense, safra 2019

Abstract

Tem-se como objetivo deste trabalho realizar a caracterização físico-química dos vinhos elaborados no Planalto Norte Catarinense, verificando se os vinhos estão aptos ao consumo atendendo à legislação vigente, além de identificar possíveis melhorias que possam ser realizadas na produção das uvas e no processo de elaboração. O presente trabalho foi realizado no Instituto Federal de Santa Catarina – IFSC Campus Canoinhas, tendo abrangência regional do Planalto Norte Catarinense - Santa Catarina. As avaliações foram realizadas em triplicata, sendo avaliadas as variáveis: densidade relativa, acidez total titulável (meq L-1), pH, cor 420 nm, cor 520 nm, cor 620 nm, tonalidade de cor, intensidade de cor e polifenóis totais (mg L-1 ácido gálico). Os dados foram digitados, tabulados e com auxílio do software Excel 2010 realizou-se a elaboração de gráficos para o desenvolvimento de uma análise descritiva dos dados obtidos nas amostras verificadas. Observou-se que as variáveis avaliadas apresentam os seguintes valores médios: densidade (1,013), acidez total titulável (65,0 meq L-1), pH (3,18), polifenóis totais (1855,5 mg L-1 ácido gálico), intensidade de cor (8,76) e tonalidade de cor (0,68). Com base nos dados referentes ao perfil físico-químico de vinhos de mesa tinto, conclui-se que a região do Planalto Norte Catarinense apresenta potencial para elaboração de vinhos de qualidade, podendo esta ser uma região promissora na elaboração de vinhos de mesa de qualidade diferenciada, com predominância de vinhos secos, com alto conteúdo de polifenóis totais e intensidade de cor.

Composição físico-química de vinhos de mesa tintos elaborados na região do Planalto Norte Catarinense, safra 2021

“…Isso porque, vinhos suaves possuem densidade maior que 1,000 (COSTA, 2017), enquanto os vinhos de mesa secos, Segundo Giovaninni; Manfroi (2009), quando a fermentação estiver concluída, a densidade dos vinhos pode variar de 0,993 e 0,996. Ao comparar com dados verificados por Wurz et al (2021c), com a caracterização de vinhos de mesa tinto, safra 2019, verifica-se um avanço nas técnicas de vinificação, com maiores cuidados para que a quantidade de açúcares nos vinhos seja menor, e consequentemente, no presente estudo, a densidade relativa fosse menor nas amostras da safra 2021, indicando completa fermentação das uvas, além da não adição de açúcares após o vinho elaborado.…”

“…A viticultura nesta região apresenta como característica a diversificação da pequena propriedade, fornecendo uma nova fonte de renda ao produtor (WURZ et al, 2021a). Potencializar a produção de uva a um grande número de pequenos e médios produtores, diversificando a propriedade rural é uma necessidade para aumentar a eficiência das propriedades (WURZ et al, 2021b), havendo grande potencial para a produção de uvas para processamento, mais especificamente para elaboração de vinhos de mesa.…”

“…No entanto, de acordo com Wurz et al (2021c), apesar de haver produtores de uva e vinho de mesa na região do Planalto Norte Catarinense, análises da composição físico-químicas dos produtos não são realizadas pelos produtores, não havendo, portanto, dados analíticos e científicos dos padrões de qualidade dos vinhos elaborados na região. Estudos que visam determinar o perfil físico-químico dos vinhos devem ser realizados, uma vez que com estas análises pode-se garantir a qualidade do produto (MARTINS, 2007;RAPOSO et al, 2018), além de permitir a verificação da sua conformidade em comparação com a legislação vigente (BRITO et al, 2020).…”

Diagnóstico do processo de elaboração de vinhos no Planalto Norte Catarinense

“…A região do Planalto Norte Catarinense possui uma área territorial de 11.041,365 km², representando 11,58% da área Research, Society and Development, v. 11, n. 10, e245111032713, 2022 (CC BY 4.0) (Hanisch et al, 2006). Esta região apresenta potencial para a viticultura, tendo como principal objetivo a diversificação da pequena propriedade, fornecendo uma nova fonte de renda ao produtor (Wurz et al, 2021a).…”