Caracterização dos resíduos sólidos gerados em laticínios

Abstract

A conscientização ambiental está cada vez mais inserida nas escolhas do consumidor. A preocupação em atender essa demanda tem impulsionado as empresas a buscarem adequação dos seus processos e rotinas. Este estudo tem como objetivo realizar um levantamento dos resíduos sólidos gerados nos laticínios e os respectivos tratamentos e a disposição final. Foram convidados a participar vinte e duas (22) indústrias de diversas regiões do Brasil, classificados quanto ao porte e potencial poluidor. Participaram 7 (sete) laticínios localizados na região Sudeste, 3 (três) na região Sul, 3 (três) na região Centro-Oeste, 3 (três) na região Norte, 7 (sete) na região Nordeste. Foi elaborado um questionário eletrônico estruturado de acordo com a divisão de classe dos resíduos: comuns, químicos e biológicos, e enviado aos laticínios. As respostas demonstraram que as indústrias de laticínios, independente do volume de leite processado com características intrínsecas, frequência e volume gerado não possuem em suas rotinas o gerenciamento dos resíduos. Este estudo demonstra a situação atual de como os laticínios tratam este tema e destaca a necessidade dessas indústrias sem se adaptar às questões ambientais. Baseado na legislação vigente, de resíduos sólidos, a indústria de laticínio deve buscar adequação e inserção de tecnologias sustentáveis em seus processos e rotinas. A adoção dessas práticas tem influência direta e positiva no marketing e comercialização da empresa.

Fraude alimentar no Brasil: panorama e impactos para leite e derivados dos último 25 anos

“…A virada do milênio trouxe mudanças nos hábitos alimentares devido ao estilo de vida acelerado, levando a indústria láctea a desenvolver opções mais rápidas e saudáveis, como leite porcionado, orgânico, regional e especializado, amplamente disponíveis nos supermercados (Guivant, 2003). Tal demanda promoveu a evolução nos sistemas de produção, direcionando para práticas mais competitivas e sustentáveis (Leite et al, 2018). No entanto, essas mudanças alteraram a estrutura da cadeia produtiva, favorecendo a concentração em grandes propriedades 22, n.4, p. 01-17.…”