Caracterização dos casos observados numa equipa de psiquiatria da infância e adolescência. Um estudo retrospectivo.

Abstract

Child Mental Health Services have been dealing¸ over the last decades, with a growing number of children in need of evaluation and treatment. Recent studies estimate that 10 to 20% of children and adolescents met criteria for, at least, one psychiatric diagnosis, and that only one fifth gets appropriate treatment. Thus, in order to optimize service planning and management we performed an analysis of the cases referred to and observed at one Child and Adolescent Psychiatry Clinic between 2004 and 2007, as well as descriptive analysis of the youth population observed at the same clinic during 2007. In the 4 year period studied, 1923 children were consulted in a total of 9609 appointments. Sample mean age was 9.89 years with a clear male gender preponderance. During 2007, 480 patients were consulted and it was possible to observe a predominance of nuclear family structure and around 71% of cases living in Sintra. Regarding the source of referral, 29% of the cases were referred by the assistant physician and in 26% by school teachers; the main complaints were behavior problems (30%) and learning disabilities (15%). It was also possible to characterize complaints according to the different referral sources. On a psychodynamic diagnostic level, 56% of all cases met criteria for a Depressive Organization. According to DSM-IV-TR diagnostic criteria for Axis I disorders, we found 30% of Emotional Disorders and 24.8% of Conduct Disorders and Attention Deficit and Hyperactive Disorder. Mean waiting times between referral and the first appointment varied between 55 days (cases referred from the Emergency Department) and 141 days (school referrals). Only a deeper and detailed analysis of this reality will allow the planning and implementation of measures needed to optimize Child and Adolescent Mental Health services and the answer they can give to patients and families.

Características sociodemográficas e clínicas das internações psiquiátricas de mulheres com depressão

“…Outro fator que explica esta diferença, é que as mulheres possuem maior facilidade em admitir que estejam deprimidas e a procurar ajuda ao contrário dos homens. Algumas investigações (18)(19) , por outro lado, discordam dessa posição, demonstrando que não existe diferença entre os gêneros, e que os homens apresentam riscos iguais aos das mulheres, mas diferente delas, o sintoma predominante consiste na irritabilidade.…”

“…Apenas 11 (1,4%) das pacientes tinham idade entre 10 a 20 anos. Estudos (18)(19) Alguns estudos (8,18) chamam a atenção para a diferença entre a manifestação depressiva entre adolescentes do sexo feminino e masculino, destacando que as garotas relatam mais sintomas subjetivos, como sentimentos de tristeza, vazio, tédio, raiva e ansiedade.…”

“…Fatores cognitivos, pessoas que tem um padrão negativo de pensamento, que são pessimistas, que se preocupam excessivamente, que tem uma autoestima baixa ou sentem que tem pouco controle sobre os acontecimentos da vida são mais passíveis de desenvolver uma depressão (17)(18) . Fatores ligados ao sexo, as mulheres têm maior possibilidade de desenvolver uma depressão do que os homens, tanto em detrimento de causas hormonais quanto culturais (o papel da mulher na nossa sociedade) (1,7) .…”

“…O uso de medicamentos pode causar depressão e este é um fator muito importante no nosso país onde a automedicação é uma prática rotineira (4,8) . Os componentes genéticos da depressão, por sua vez, são visíveis em famílias onde a depressão ocorre com uma frequência elevada, assim, indivíduos que possuem familiares com depressão, possuem grande probabilidade de ter como agente causal do TD fatores genéticos (18) .…”

Esperando o Sucesso

“…O sorriso maroto do rapaz, a cumplicidade com o pintor, o olhar aberto e penetrante traduzem uma mensagem de alegria e confiança no futuro, apesar das más condições de vida dessa época, quando comparadas com as do mundo actual. 2 É necessário que a sociedade em geral, os cientistas sociais, os médicos, os Pais, estejam atentos à saúde mental dos nossos jovens, 3 num mundo onde têm impe-rado palavras como ansiedade, depressão, desesperança no futuro. Torna-se necessário tudo fazer para inverter este caminho e "Na minha escola ainda não perceberam que o insucesso se diminui com a música, teatro e jogos desportivos, em vez do mais do mesmo, ou seja, mais lições, mais testes e mais explicações".…”