Caracterização do perfil epidemiológico da mortalidade por doenças cardiovasculares no Brasil: um estudo descritivo

Abstract

As mudanças decorrentes dos processos de transição demográfica e epidemiológica favoreceram o aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis em todo o mundo, dentre elas, destacam-se as doenças do aparelho circulatório, sendo uma das principais causas de morte entre homens e mulheres. A partir de tal contexto, o objetivo deste estudo foi caracterizar e descrever o perfil epidemiológico da mortalidade por doenças do aparelho circulatório no Brasil entre 2016 e 2019. Foram utilizados dados provenientes do Sistema de Informações sobre mortalidade do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, referentes a mortalidade por doenças do aparelho circulatório no Brasil. Observou-se a maior taxa de mortalidade por doenças do aparelho circulatório na região sudeste, principalmente nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. De acordo com o sexo e a faixa etária, no sexo masculino e na faixa de idade de 60 a 79 anos, foram observadas as maiores taxas de mortalidade, respectivamente. Além disso, constatou-se que a mortalidade foi maior em indivíduos brancos, e no ambiente hospitalar. Portanto, constituem-se como uma das principais causas de morte no Brasil, criando a necessidade de estudos com diferentes abordagens metodológicas para compreender e subsidiar ações de enfretamento da problemática.

Óbitos Por Doenças Do Aparelho Circulatório No Ano De 2022

“…Após análise dos dados obtidos, foi evidenciado uma taxa elevada de óbitos por Doenças do Aparelho Circulatório (DAC), na região nordeste, no ano de 2022, chegando a um total de 23501 mortes, conforme pode ser evidenciado na tabela 1. Esses dados corroboram com os achados na literatura que vem demonstrando esse problema como uma das principais causas de mortalidade da atualidade, ainda Silva et al (2022) Os estudos vêm demonstrando que a DAC ocorre com mais frequência em mulheres acima de 40 anos, período correspondente ao climatério, sendo a menopausa um grande fator de risco devido às mudanças hormonais que ocorrem nessa fase, além disso outros fatores como Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e sedentarismo tem contribuído para esse aumento (MELO et al, 2017;PITILIN;SBARDELOTTO, 2020).…”

“…evidenciou que essas patologias são multifatoriais, causadas por fatores genéticos, do ambiente e, principalmente, por fatores comportamentais. Percebe-se, ainda, uma grande transição demográfica, com aumento da população idosa, e, é sabido que o aumento da idade é um fator de risco ao desenvolvimento das DAC's(SILVA et al, 2022). As DAC's, são patologias que vão atingir o coração e os vasos sanguíneos, o principal fator de risco tem sido a aterosclerose, que ocorrer devido acúmulo tanto de gordura como de cálcio na parede das artérias que a longo prazo pode gerar oclusão da mesma levando ao infarto na região atingida.…”

“…traz em seu estudo a região Sudeste e a Nordeste com maior taxa de mortalidade por DAC(SILVA et al, 2022). Óbitos por faixa etária na Região Nordeste, causados por doenças do aparelho circulatório, em 2022.…”

Therapeutic potential of flavonoid-rich plants in the treatment of arterial hypertension and diabetes mellitus: focus on antioxidant role

“…Chronic non-communicable diseases, including type 2 Diabetes Mellitus (T2DM) and Systemic Arterial Hypertension (SAH), are one of the leading causes of morbidity and mortality in Brazil and worldwide (Neves et al, 2021). These diseases are important risk factors for the development of cardiovascular diseases, with consequences for the quality and life expectancy of individuals and dramatically increasing the risk of death (Silva et al, 2022;Neves et al, 2021;Costa et al, 2020;Malta et al, 2015).…”

Doenças cardiovasculares e espiritualidade: uma revisão narrativa

“…Alguns fatores de risco para as DCV são modificáveis, ou seja, podem ser prevenidos, como o sedentarismo, hábitos alimentares não saudáveis, tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas e outras drogas. 1 A espiritualidade pode ser definida como aspecto intrínseco do ser humano, que relaciona a busca pelo sentido da vida e o sagrado. Publicações científicas descreveram sua aplicação em saúde desde o século XIX, entretanto, considerava-se bruxaria, charlatanismo e pseudociência.…”