Abstract:INTRODUÇÃOAs folhosas de maneira geral possuem um sistema biológi-co complexo e variável acarretando alterações nas propriedades anatômicas, químicas, físicas e mecânicas entre espécies, entre indivíduos de uma mesma espécie e entre diferentes partes de um mesmo indivíduo (OLIVEIRA e SILVA, 2003). Diversas pesquisas têm sido desenvolvidas com o intuito de verificar os fatores que afetam essas propriedades, que podem ser intrínsecos à própria madeira ou de sítio, fertilidade, microfauna, clima e ambiente (BAKER… Show more
“…O cambará (Qualea paraensis Ducke) destaca-se entre as principais espécies tropicais madeireiras exploradas da Amazônia. No mercado florestal de Mato Grosso, Brasil, registrou-se entre 2004 e 2010 o consumo de 1 milhão de metros cúbicos, comercializados ao valor médio de USD 68,00 por metro cúbico (Ribeiro et al, 2016;Soares-Filho et al, 2017).…”
Objetivou-se analisar o efeito do tempo e da temperatura de tratamentos térmicos nas propriedades físico-mecânicas da madeira de cambará (Qualea paraensis Ducke). Foram confeccionados corpos de prova de 5 lotes da madeira de cambará submetidos ao tratamento térmico em estufa sob temperaturas de 180 °C e 200 °C e períodos de 2 h e 4 h. Determinou-se densidade aparente (ρ12%), perda de massa (PM), umidade de equilíbrio (UE), contrações nos eixos longitudinal (βl), radial (βr) e tangencial (βt), contração volumétrica (βv) e fator anisotrópico (fa). Mecanicamente, a madeira foi avaliada quanto à resistência e rigidez nos ensaios de flexão estática (fM e EM) e compressão paralela às fibras (fc0 e Ec0). Após os tratamentos térmicos, os valores de ρ12% aumentaram, em média, 7,72% e a UE foi reduzida em 24,3%. Os maiores valores de PM (3,67%) foram observados para o tempo de exposição de 2 h em temperatura de 200 °C. Com este tratamento, obteve-se também os menores valores de βt (5,73%) e βv (9,69%). Os tratamentos térmicos aumentaram a densidade aparente, reduziram a umidade de equilíbrio e aumentaram a estabilidade dimensional da madeira. Na maioria dos tratamentos térmicos, observou-se redução da resistência e aumento da rigidez à flexão estática. Ocorreu aumento da resistência e da rigidez à compressão paralela à grã em todas as combinações de tempo e temperatura. De modo geral, a maior estabilidade dimensional com menores perdas da resistência à flexão estática e compressão paralela foram obtidas com o tratamento de 200 °C e tempo de 2 h.
“…O cambará (Qualea paraensis Ducke) destaca-se entre as principais espécies tropicais madeireiras exploradas da Amazônia. No mercado florestal de Mato Grosso, Brasil, registrou-se entre 2004 e 2010 o consumo de 1 milhão de metros cúbicos, comercializados ao valor médio de USD 68,00 por metro cúbico (Ribeiro et al, 2016;Soares-Filho et al, 2017).…”
Objetivou-se analisar o efeito do tempo e da temperatura de tratamentos térmicos nas propriedades físico-mecânicas da madeira de cambará (Qualea paraensis Ducke). Foram confeccionados corpos de prova de 5 lotes da madeira de cambará submetidos ao tratamento térmico em estufa sob temperaturas de 180 °C e 200 °C e períodos de 2 h e 4 h. Determinou-se densidade aparente (ρ12%), perda de massa (PM), umidade de equilíbrio (UE), contrações nos eixos longitudinal (βl), radial (βr) e tangencial (βt), contração volumétrica (βv) e fator anisotrópico (fa). Mecanicamente, a madeira foi avaliada quanto à resistência e rigidez nos ensaios de flexão estática (fM e EM) e compressão paralela às fibras (fc0 e Ec0). Após os tratamentos térmicos, os valores de ρ12% aumentaram, em média, 7,72% e a UE foi reduzida em 24,3%. Os maiores valores de PM (3,67%) foram observados para o tempo de exposição de 2 h em temperatura de 200 °C. Com este tratamento, obteve-se também os menores valores de βt (5,73%) e βv (9,69%). Os tratamentos térmicos aumentaram a densidade aparente, reduziram a umidade de equilíbrio e aumentaram a estabilidade dimensional da madeira. Na maioria dos tratamentos térmicos, observou-se redução da resistência e aumento da rigidez à flexão estática. Ocorreu aumento da resistência e da rigidez à compressão paralela à grã em todas as combinações de tempo e temperatura. De modo geral, a maior estabilidade dimensional com menores perdas da resistência à flexão estática e compressão paralela foram obtidas com o tratamento de 200 °C e tempo de 2 h.
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