CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DE FOLHAS EM DIFERENTES ESTÁDIOS FENOLÓGICOS DE Tectona grandis L.f.

Abstract

RESUMO Mudanças estruturais em folhas de diferentes estádios fenológicos em espécies florestais podem implicar na dinâmica de crescimento e em seu estabelecimento em determinada região. O objetivo deste estudo foi determinar as características estruturais de folhas em diferentes estádios fenológicos de Tectona grandis L.f. (Lamiaceae) plantadas em Jataí-GO. As fontes de nutrientes adicionadas à cova no plantio foram orgânica, química, orgânica+química e controle. Após um ano do plantio de mudas de T. grandis, foram determinados atributos biométricos (altura e diâmetro) e características estruturais em folhas em expansão, maduras e senescentes. Os dados foram coletados em janeiro de 2011, durante o período chuvoso. Não houve efeito da adição das fontes nutricionais ao solo sobre os atributos foliares, nem sobre os parâmetros biométricos analisados. O diâmetro e a altura das plantas foram, em média, de 2,66 cm e 1,34 m, respectivamente. Houve 100% de sobrevivência das mudas de T. grandis. A espessura foliar, a massa foliar específica e o índice de esclerofilia aumentaram com o avanço do estádio fenológico das folhas de T. grandis. Por outro lado, a área foliar específica e o conteúdo de água foram maiores nas folhas em expansão do que nas maduras e senescentes. O conteúdo de clorofila das folhas foi maior nas folhas maduras, seguidas das senescentes e em expansão. Após um ano do plantio, as árvores jovens de T. grandis apresentaram bom estabelecimento inicial em Jataí. Folhas em expansão, maduras e senescentes possuem características estruturais distintas, estratégia essencial para sua sobrevivência e produtividade. PALAVRAS-CHAVE: área foliar específica, conteúdo de água da folha, ecossilvicultura.

Aptidão e capacidade de uso das terras do Vale do Paraíba Paulista para o cultivo de Tectona grandis L.

“…As temperaturas médias da região em torno dos 22°C (Folhes e Fisch, 2006), associadas ao período seco e frio que vai de abril a agosto não restringem severamente o crescimento das plantas. Segundo Dias et al (2016), a teca possui bom desenvolvimento em regiões com as estações bem definidas que apresentam o inverno seco.…”

“…São solos com potencial presença de geadas entre os meses de maio a agosto. No entanto, a teca se desenvolve bem sob tais condições climáticas, principalmente em locais com inverno seco (Dias et al, 2016), que é o caso da região do Vale do Paraíba Paulista.…”

“…É considerada uma espécie que se adapta a diversas condições ambientais devido à sua rusticidade, entretanto, seu maior desenvolvimento vegetativo se dá em regiões com clima tropical úmido, verão chuvoso e inverno seco de três a cinco meses, onde prevalecem temperaturas acima de 22° C e precipitação anual entre 1.250 e 2.500 mm. Solos profundos, permeáveis, com razoável capacidade de retenção de água, textura média a argilosa com teor de matéria orgânica superior a 30 g kg -1 , com saturação por bases maior que 50% e pH superior a 5,5 são os mais adequados para o cultivo e desenvolvimento da teca (Costa et al, 2007;Dias et al, 2016).…”