Burnout among catholic priests in Brazil: prevalence and associated factors

Abstract

Padres católicos experimentam uma infinidade de estressores em seu trabalho pastoral, enfrentam inúmeras demandas e irrealistas expectativas, estão sob constante escrutínio e cercados por uma cultura cada vez mais secular e aparentemente menos solidária. Consequentemente, padres podem experimentar níveis significativos de burnout, que é caracterizada como uma síndrome resultante de respostas inadequadas ao estresse emocional crônico. O objetivo desta pesquisa de natureza transversal foi investigar a prevalência de burnout entre clero católico no Brasil e fatores associados a esta síndrome nesta população. Os participantes (N = 242), selecionados aleatoriamente entre o clero católico no Brasil, responderam o Maslach Burnout Inventory (MBI), um questionário sociodemográfico e diversos itens para avaliar variáveis psicossociais e espirituais. Os resultados indicam que aproximadamente um terço dos padres no Brasil experimentam de moderados a altos níveis de burnout. Padres mais novos relataram níveis mais altos de burnout. Satisfação profissional, apoio social, autocuidado e práticas espirituais se correlacionaram significativamente com níveis mais baixos de burnout. Em consonância com a literatura sobre o burnout do clero, estes achados sugerem que esses fatores podem ter um efeito protetivo contra o burnout entre os padres. Em conclusão, há um significativo número de padres no Brasil sentindo-se sobrecarregados e experimentando níveis clinicamente significativos de burnout. Esse é um problema que deve ser levado a sério e que requer atenção imediata.

Relações entre religiosidade e saúde mental na concepção de capelães

“…Essa formação não necessariamente os preparou para lidar com todas as nuances das possíveis relações -positivas e negativas -entre RE e SM. O impacto psíquico desses fatores conjugados tem se mostrado em resultados de pesquisas que investigam o sofrimento mental de líderes religiosos (Mendes;Silva, 2006;Dias, 2019;Oliveira, 2012), confirmando a necessidade de escuta clínica no cuidado à própria SM destes profissionais.…”