Bruno Latour E O Uso Da Cartografia De Controvérsias Em Arquitetura: Reconectando Teoria E Prática No Ensino De Arquitetura Na Contemporaneidade

Abstract

Os processos colaborativos – o pesquisarCOM, aprenderCOM – tornam-se essenciais em um mundo onde o local e o global se entrelaçam na produção contínua de novos conhecimentos sobre como olhar a cidade. Através de alguns dos entendimentos propostos por Bruno Latour, através da Teoria Ator-Rede, este artigo propõe uma releitura de duas obras clássicas do ensino da Arquitetura-Urbanismo: Paisagem Urbana, de Gordon Cullen, e A imagem da Cidade, de Kevin Lynch, ambos escritos na década de 1960. Marcos na formação acadêmica de arquitetos há gerações, através da utilização da Cartografia de Controvérsias, o trabalha busca atualizar a maneira de mapear a cidade e produzir leituras que valorizem a polifonia e a constante modificação das cidades, através do uso de diferentes artefatos tecnológicos que não existiam quando as duas obras foram escritas.Palavras-chave: educação, tecnologia, contemporaneidade, Teoria Ator-rede.

SIGraDi 2022. Critical Appropriations

“…Reconhece-se a impossibilidade de mostrar a realidade independente do observador. Essa visão pode ser associada, por exemplo, à Teoria Ator Rede e a Cartografia das Controvérsias, que incorpora os atores ao processo, um jogo de forças que sobrepõem contradições, resistências e diferentes entendimentos de mundo (Latour, 2007;Sbarra, 2021). Não se trata de individualizar toda e qualquer interpretação, mas dar espaço para que as narrativas dos cidadãos, sobretudo aquelas coletivas, possam também emergir junto neste sistema que é o desenho urbano, condicionado também por quem o projeta.…”