Brinquedo terapêutico reduz a ansiedade em procedimentos odontológicos? Estudo clínico randomizado

Abstract

Objetivo: Avaliar a influência do brinquedo terapêutico sobre o grau de ansiedade produzida durante procedimento odontológico não invasivo. Métodos: Foram avaliadas 212 crianças, ambos os sexos, na faixa de 24 a 36 meses. Pesquisa realizada em duas creches municipais de uma cidade do Maranhão, após aprovação do CEP-CAAE 08426519.7.0000.5374. Estabeleceu-se Grupo Experimental - Brinquedo Terapêutico (BT), n=107, com uso BT e o Grupo Controle (CTR), n=105, sem uso do BT. Utilizou-se medidas de batimento cardíaco e saturação de Oxigênio, bem como Teste VPT, FIS e FIS (Turma da Mônica), tomadas antes e após o procedimento, em ambos os grupos. Empregou-se teste t de Student para comparação entre variáveis numéricas, Mann Whitney para escalas de ansiedade e Spearman para correlação. Resultados: Houve redução do grau de ansiedade pelo Venham Picture Test (VPT) e Escalas Faciais (FIS) adaptada e Turma da Mônica após uso do BT, bem como redução da frequência cardíaca. Observou-se correlação entre batimentos por minuto e escalas de ansiedade e entre elas (p=0,01), após procedimento. Conclusão: A aplicação do BT promoveu redução do nível de ansiedade, tornando as crianças mais receptivas ao procedimento odontológico. Revelou-se, ainda, um método positivo e apropriado para estimular seu uso na rotina clínica odontopediátrica.

Brinquedo terapêutico e o brincar: a compreensão a partir do acadêmico de enfermagem

“…Dessa forma, é importante a incorporação do BT durante o cuidado de enfermagem, sendo o mesmo um meio para se estabelecer comunicação e vínculo com a criança, proporcionando uma relação de confiança, na qual o profissional vai conhecer os sentimentos e preocupações do paciente, facilitando assim a assistência prestada à criança, auxiliando-a na compreensão dos procedimentos realizados e da importância do tratamento para a melhoria de sua saúde. Além disso, o BT permite que a criança libere a tensão, diminuindo a ansiedade, auxiliando também no controle e enfrentamento da dor (CALEFFI CCF, et al, 2016 e AMARAL LFP, CALEGRI T, 2016; CARVALHO MTF, et al, 2021).…”