“…Regionalmente, esta tendência pode ser identificada nos projetos de transmissão de energia e nas estradas bi ou plurinacionais inseridas na Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana -IIRSA, posteriormente incorporada à UNASUL por meio do Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento -COSIPLAN. Desse modo, se por um lado os governos de centro-esquerda propuseram conteúdos autonomistas, pós-liberais ou anti-hegemônicos aos seus projetos de região, por outro lado políticas domésticas de continuidade com o neoliberalismo e relacionadas ao fenômeno do neoextrativismo reforçaram o padrão dependente de inserção da região no sistema-mundo(Costa, 2016;Klemi & Menezes, 2016).Ademais, os organismos criados sob a inspiração de uma integração crítica aos padrões neoliberais nunca estiveram sozinhos no panorama regional. A Aliança do Pacífico, formada por Colômbia, Chile, Peru e México, em 2012, e as negociações para o estabelecimento da Parceria Transpacífico (TPP, por sua sigla em inglês) são provas da 5 Alguns exemplos empíricos no período analisado são os conflitos causados pela intenção do governo Evo Morales de construir uma estrada que cortaria o Território Indígena e Parque Nacional Isiboro-Secure (TIPNIS); a iniciativa do governo Rafael Correa de permitir a exploração de petróleo no Parque Nacional Yasuní, na Amazônia equatoriana, e a construção do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira e da Hidrelétrica de Belo Monte no Rio Xingu, ambos na região amazônica brasileira…”