Botânica em foco: atividades de Anatomia Vegetal para práticas no Ensino Fundamental e Médio

Espolador Leitão, Carlos André; Freire Silva, Kátia; Medeiros Carmo, Edinaldo

doi:10.59524/2344-9225.v25.n1.33976

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“…Também, pode ter aplicabilidade na educação básica e no ensino superior, com um apelo mais lúdico em se tratando de plantas que fazem parte do dia a dia dos alunos, como plantas de jardim, de arborização urbana ou medicinais (FARIA & VILHALVA, 2016;PEREIRA et al 2016;SCARELI-SANTOS et al, 2016;LEITÃO et al, 2022).…”

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DESCRIÇÃO ANATÔMICA DOS ÓRGÃOS VEGETATIVOS AÉREOS DE Pachira aquatica Aubl. (MALVACEAE)

Rodrigues Pereira,

Novais Antunes,

Leitão

2023

REPECT

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Pachira aquatica é uma árvore nativa da América do Sul utilizada na alimentação, obtenção de madeira e arborização urbana. Embora relativamente bem estudada, falta uma descrição estrutural detalhada dessa espécie. Portanto, o presente trabalho teve como objetivo descrever a anatomia dos órgãos vegetativos aéreos de P. aquatica crescendo no Semiárido Bahiano. Para este fim, foi utilizada metodologia usual em anatomia vegetal. A folha é palmaticomposta, hipoestomática, heterobárica, com mesofilo dorsiventral onde o parênquima lacunoso possui espaços intercelulares muito amplos. A nervura principal se projeta para ambas as faces e a de 2ª ordem apenas para a face adaxial. Na nervura principal ocorre uma fenda com tricomas secretores, tratando-se possivelmente de um nectário extrafloral. O pecíolo tem contorno circular em corte transversal. A vascularização consiste de um anel tetralobado de feixes vasculares colaterais. O caule em estrutura primária é pentalobado e possui braquiesclereides no córtex. Seus feixes vasculares são justapostos delimitando medula amilífera. Quando em estrutura secundária, o sistema axial do floema se organiza em grupos triangulares separados por raios centrifugamente mais abertos, quando observado em corte transversal. O lenho possui parênquima axial apotraqueal difuso a difuso em agregados. Os raios são uni ou multisseriados e heterocelulares. Ocorrem cristais do tipo drusa em todos os órgãos analisados. Também, idioblastos mucilaginosos longitudinalmente enfileirados nas nervuras de 1ª a 3ª ordem e no córtex e na medula do pecíolo e do caule. Conclui-se que P. aquatica tem características anatômicas adaptadas a ambientes úmidos bem como mais secos e seus órgãos em estrutura primária produzem abundante mucilagem. Sua madeira é aparentemente susceptível a trincas. Os órgãos analisados, pela facilidade no seccionamento a mão livre e pela variedade de estruturas interessantes, são um ótimo material para aulas práticas em anatomia vegetal.

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