As macrófitas aquáticas desempenham extensa importância na manutenção e no equilíbrio dos ambientes aquáticos, contribuindo em transformações físicas, químicas e microbiológicas, bem como, nos processos de remoção dos nutrientes do meio aquático. A biomassa desses vegetais tem demonstrado alto potencial biorremediador em solo degradado. Além da possibilidade de ciclagem de nutrientes via produção de substratos, possuem potencial para substituir materiais não renováveis podendo ser utilizada na produção de plântulas a baixo custo, despertando grande interesse nas suas propriedades fisiológicas e em benefício do homem. Para tanto, o presente estudo teve como objetivo avaliar o uso de substrato de Eichhornia crassipes e Egeria densa no desenvolvimento de plântulas de Erythrina velutina e Tabebuia áurea. Foram realizados sete tratamentos e 30 repetições para cada espécie de planta testemunha (7 x 30 x 2), durante 26 dias, em delineamento inteiramente casualizado. Os tratamentos foram compostos por diferentes proporções de E. crassipes e E. densa em tubetes de 280 cm³ dispostos em uma casa de vegetação (estufa). O substrato que obteve melhor desenvolvimento em termos de altura foi o T6, contendo 25% de E. densa, 60% de areia lavada e 10% de esterco misto de bovino e caprino com uma média de 3,59 cm e 9,8 cm de altura, respectivamente. A produção de massa seca de E. crassipes apresentou-se cerca oito vezes menor que a de E. densa. Notou-se que substratos a partir de E. densa apresentam elevado potencial econômico e fisiológico para o desenvolvimento de plântulas das espécies estudadas.