Biological and molecular properties of yellow venom of the Amazonian coral snake Micrurus surinamensis

Abstract

Most proteins in the venom had masses < 14kDa, low phospholipase A2 activity, and no proteolytic activity. The toxins inhibited the coagulation cascade. The venom had neurotoxic effects in mice, with a median lethal dose upon intravenous administration of 700 µg/kg. Immunogenic studies revealed abundant cross-reactivity of antielapidic serum with 14kDa toxins and limited cross-reactivity with toxins < 10kDa. These results indicate that antielapidic serum against M. surinamensis venom has weak potency (0.35mg/ml) in mice.

Atividades farmacológicas e biológicas da peçonha de Micrurus surinamensis (cobra coral semi-aquática)

“…Estudos bioquímicos mostraram que a peçonha de M. surinamensis possui algumas atividades enzimáticas, tais como hialuronidase e arilamidase. Mas, ao contrário de muitas cobras corais, apresenta pouca ou nenhuma atividade PLA 2 , proteolítica, L-aminoácido oxidase, quimotripsina-símile, fosfodiesterase, trombinasímile, dipeptidil-peptidase, elastase, fosfomonoesterase alcalina, 5'-nucleotidase, leucina aminopeptidase e acetilcolinesterase [14,33,[112][113][114][115]. Também possui um perfil cromatográfico mais simples que outras Micrurus [111].…”

“…Também possui um perfil cromatográfico mais simples que outras Micrurus [111]. De modo semelhante, análises eletroforéticas indicaram que a peçonha de M. surinamensis apresenta predominantemente componentes de baixa massa molecular (<14 kDa), o que é típica das -neurotoxinas (6-8 kDa) encontradas em peçonhas de cobras corais [114,115].…”

“…Apesar desta composição mais simples, a peçonha mostra alta potência letal em camundongos (via intraperitoneal) quando comparada com outras cobras corais [112], mesmo o camundongo não sendo a presa normal desta espécie. Em camundongos injetados pelas vias intraperitoneal e intracraniana, a peçonha produz efeitos neurotóxicos que culminam na morte por parada respiratória [113,115,117].…”

“…A injeção intramuscular e subcutânea em camundongos promove pouca ou nenhuma miotoxicidade, por vezes acompanhada de ligeiro aumento da creatinoquinase (CK) plasmática, pouco edema e hemólise, e nenhum efeito sobre a nocicepção e a função renal [106,107,112,113,118,119]. A peçonha demonstra atividade anticoagulante quando testada in vitro [115].…”

“…A análise transcriptômica da glândula de veneno de M. surinamensis indicou a presença de 12 PLA 2 com sítio catalítico conservado (com os seguintes resíduos de aminoácidos: H48, D49, Y52 e D101) e, por tanto, provavelmente providas de ação enzimática [36]. No entanto, trabalhos anteriores já demonstraram tanto a presença [33,113,115], quanto a ausência [114,119] de atividade PLA 2 nesta peçonha. Conforme demonstrado aqui, não foi observada atividade PLA 2 in vitro.…”