O conceito de intensificação de processos (PI) foi inicialmente colocado visando minimizar os custos operacionais e de capital sem comprometer as metas de produção, através apenas da redução na escala. Os benefícios associados incluem alguns princípios da Química Verde, como a segurança intrínseca, baixo impacto ambiental e o menor consumo material, energético e hídrico. Entretanto, para alcançar drásticas reduções de tamanho são necessárias novas abordagens para o projeto dos equipamentos e processos. Os riscos associados à falta de regulamentação e de um histórico que comprove a eficácia e baixos índices de falhas têm comprometido a aceitação destas tecnologias pelo mercado. Ademais, muitas soluções em infraestrutura e no modelo conceitual dos processos intensivos ainda são necessárias para torná-los mais eficientes, flexíveis e verdes. A superação dessas barreiras permitirá que o Brasil estruture um modelo econômico altamente competitivo, baseado na comercialização de produtos de origem biológica. Dessa forma, o principal objetivo do artigo é descrever a importância da inclusão da PI na política de pesquisa, desenvolvimento e inovação nacional. Com isso, espera-se favorecer a diversificação da indústria farmacêutica, de química fina, de alimentos, e de outras indústrias de base biológica, bem como a estruturação das biorrefinarias a longo prazo.