Bioética de intervenção, direitos humanos e justiça reprodutiva

Abstract

A luta pelos direitos sexuais e reprodutivos conquistou inúmeros marcos legais nacionais e internacionais nas últimas décadas; entretanto, muito se tem focado em formas de contracepção, invisibilizando questões relacionadas também à concepção. Surgem, diante disso, reivindicações das feministas negras para se pensar no conceito de justiça reprodutiva pontuando que também deve ser respeitada e defendida a escolha pelo ato de conceber, pela maternidade e pela garantia de vida digna à criança nascida.

Educação Popular em Saúde Sexual e Reprodutiva

“…A vivência da sexualidade representa a possibilidade de exercer sua liberdade sem constrangimento, de anticoncepção autodecidida e de realizar a maternidade voluntária (Alarcão et al, 2019;Lemos, 2014;Sabô, 2020).…”

“…A saúde sexual e reprodutiva constitui uma parte crucial da saúde geral e representa uma característica do desenvolvimento humano, superando o foco na prevenção de problemas de saúde, os problemas de saúde sexual, a gravidez indesejada e não planejada, infecções sexualmente transmissíveis, bem como a violência sexual, para um conceito mais amplo em que a saúde sexual é vista como um determinante para a saúde e como um quesito para a saúde reprodutiva (Mendes, 2019;Sabô, 2020;Stefanovska-Petkovska et al, 2019).…”

“…Os direitos sexuais e reprodutivos estão vinculados a perspectivas que objetivam garantia de liberdade, autonomia, empoderamento da mulher, bem como à promoção de sua cidadania e às consequências na sua saúde, sendo necessário pensar na mulher, no seu contexto e na complexidade envolvida no ser mulher nas sociedades (Paula et al, 2022;Sabô, 2020;Tyrrel, 2007).…”