Abstract:Resumo Neste artigo pretende-se analisar problemas bioéticos relativos às populações em situação de rua a partir dos conceitos de homo sacer, de Giorgio Agamben, e de hospitalidade incondicional, de Jacques Derrida. Como elementos-chave destacam-se a invisibilidade dessas populações e o reconhecimento de que profissionais e instituições de saúde devem operar em lógica de cultura hospitaleira, que considere o cuidado às pessoas em situação de rua como significativa ação ética.
“…Entretanto, é válido reforçar que esses profissionais necessitam de capacitação e acompanhamento quanto às formas específicas de cuidado junto a essa população, pois muitos sentem (in)capacidade de realizar acolhimento incondicional diante de condições precárias, com local de moradia incerto, o que dificulta o trabalho e a formação de vínculo com essa população. 46 É preciso dar voz às pessoas em situação de rua para a criação de políticas públicas de assistência social e de saúde como forma de elencar prioridades e contribuir no planejamento de ações nas três esferas governamentais. 47 Essa população tende a ocupar uma posição de invisibilidade perante à sociedade e os serviços de saúde no Brasil não têm sido efetivos na resolução de seus problemas, mesmo que o acesso à saúde deva ser garantido pelo Estado.…”
O acesso aos cuidados paliativos é um desafio enfrentado pelos sistemas de saúde do mundo. Quando se trata de assegurar o acesso de minorias, como as populações em situação de rua e LGBTQIA+ as dificuldades são ainda maiores. Por isso, este artigo tem como objetivo analisar o acesso aos cuidados paliativos pelas populações em situação de rua e LGBTQIA+. Para tal, realizou-se revisão integrativa de literatura na MEDLINE, em setembro de 2020. Os dados de 21 artigos foram extraídos no programa Google Forms, posteriormente organizados em planilha Excel e analisados por aproximação temática. Quatro unidades temáticas foram construídas: “Facilitadores do acesso aos cuidados paliativos pela população em situação de rua”, “Dificultadores do acesso aos cuidados paliativos pela população em situação de rua”, “Facilitadores do acesso aos cuidados paliativos pela população LGBTQIA+” e “Dificultadores do acesso aos cuidados paliativos pela população LGBTQIA+”. Conclui-se que educação em serviço pode minimizar comportamentos estigmatizantes por parte dos trabalhadores em saúde. Consultório na rua e redução de danos são maneiras de acolher e aproximar essas populações, a fim de favorecer o acesso aos serviços e aos cuidados paliativos no final da vida.
“…Entretanto, é válido reforçar que esses profissionais necessitam de capacitação e acompanhamento quanto às formas específicas de cuidado junto a essa população, pois muitos sentem (in)capacidade de realizar acolhimento incondicional diante de condições precárias, com local de moradia incerto, o que dificulta o trabalho e a formação de vínculo com essa população. 46 É preciso dar voz às pessoas em situação de rua para a criação de políticas públicas de assistência social e de saúde como forma de elencar prioridades e contribuir no planejamento de ações nas três esferas governamentais. 47 Essa população tende a ocupar uma posição de invisibilidade perante à sociedade e os serviços de saúde no Brasil não têm sido efetivos na resolução de seus problemas, mesmo que o acesso à saúde deva ser garantido pelo Estado.…”
O acesso aos cuidados paliativos é um desafio enfrentado pelos sistemas de saúde do mundo. Quando se trata de assegurar o acesso de minorias, como as populações em situação de rua e LGBTQIA+ as dificuldades são ainda maiores. Por isso, este artigo tem como objetivo analisar o acesso aos cuidados paliativos pelas populações em situação de rua e LGBTQIA+. Para tal, realizou-se revisão integrativa de literatura na MEDLINE, em setembro de 2020. Os dados de 21 artigos foram extraídos no programa Google Forms, posteriormente organizados em planilha Excel e analisados por aproximação temática. Quatro unidades temáticas foram construídas: “Facilitadores do acesso aos cuidados paliativos pela população em situação de rua”, “Dificultadores do acesso aos cuidados paliativos pela população em situação de rua”, “Facilitadores do acesso aos cuidados paliativos pela população LGBTQIA+” e “Dificultadores do acesso aos cuidados paliativos pela população LGBTQIA+”. Conclui-se que educação em serviço pode minimizar comportamentos estigmatizantes por parte dos trabalhadores em saúde. Consultório na rua e redução de danos são maneiras de acolher e aproximar essas populações, a fim de favorecer o acesso aos serviços e aos cuidados paliativos no final da vida.
“…When UHS users arrive at the PHC, they need to be welcomed, taking into account the concept of equity, that is, all beings have an essential equality and, therefore, everyone needs a careful and compassionate look. According to Siqueira-Batista, when an action is launched in time and space, an action of "unrestricted receptivity" must be adopted (Siqueira-Batista, 2008, 2020)as mentioned earlier in this study -, based on the concept of unconditional hospitality, that is, acceptance of any being, without judgment or determination (Derrida, 2003;Faria & Siqueira-Batista, 2020;Siqueira-Batista, 2020). Then, users Research, Society and Development, v. 10, n. 16, e264101622414, 2021 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i16.22414 can be included in the list of beings who need an address, and health professionals need to welcome them as someone who offers shelter and protection.…”
Section: Public Health / Primary Health Carementioning
(Bio)ethics for all beings is under construction as a theoretical framework that has as its origin the ethics for all beings. It is based on fundamentals such as quiddity, totality, interdependence, and has its central principle in the laic compassion. It has applicability in bioethical conflicts involving end of life (euthanasia), environmental ethics and public health / Primary Health Care. This study was carried out based on articles on the (bio)ethics of all beings and aims to present the reflection about the nomenclature; to define the main foundations; and analyze its applicability. It was concluded that the (bio)ethics of all beings is a bioethical current that can be applied in different fields, as it defends a careful and affectionate look towards human and non-human beings, living and non-living.
“…Com efeito, na perspectiva de reconhecer o lugar no mundo desses usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) -no caso, as PSR -, suas próprias noções de cuidado precisam ser consideradas, servindo de elemento de análise das práticas de saúde e de recurso para a legitimação de políticas públicas. 1 A busca dessa nova configuração parte da necessidade de afirmação do ser humano como centro da ação ético-política manifesta como dimensão-cuidado. 2 As realidades das PSR são marcadas por inúmeras vulnerabilidades sociais, referentes a um contínuo processo histórico de exclusão social.…”
Section: Introductionunclassified
“…Por conseguinte, devem ser buscadas novas configurações para os serviços de saúde, as quais correspondam ao genuíno compromisso de cuidado para com esses sujeitos oprimidos. 1,3 Desse modo, pensar novos referenciais exige um resgate da constituição de políticas públicas, leis, diretrizes e organizações de serviços que disponham de práticas de saúde para atender às demandas das PSR, bem como um aprofundamento da análise sobre as concepções de cuidado dessa população como forma de avaliar a potência de tal dimensão.…”
Introdução: As pessoas em situação de rua (PSR) estão submetidas, cotidianamente, a significativos riscos, entre os quais se destacam aqueles atinentes à saúde. Objetivo: Discutir as principais questões relativas ao cuidado à saúde das PSR. Métodos: Realizou-se investigação teórica a partir da leitura e apreciação de textos e documentos atuais dirigidos ao tema, a fim de destacar (1) os conceitos chave apresentados e (2) a argumentação desenvolvida. Resultados e discussão: O caminho percorrido em tal empreitada considerou (1) a concepção de saúde-doença e as necessidades e demandas de saúde dessas populações, (2) as políticas públicas e o papel dos serviços na atenção à saúde da PSR e (3) o papel da Atenção Primária à Saúde (APSD), com ênfase no trabalho dos Consultórios na Rua. Conclusões: A sistematização reflexivo-crítica empreendida buscou a delimitação de elementos do aparato jurídico-social e ético-político que envolvem os processos de ampliação do cuidado de tais usuários.
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