“…O Grupo de Trabalho (GT) Estuários identificou as principais vulnerabilidades de ecossistemas bentônicos estuarinos frente às mudanças no clima e elencou duas variáveis centrais na dinâmica estuarina a serem monitoradas: temperatura atmosférica e salinidade. A priorização desses parâmetros justifica-se pela sua relativa facilidade de monitoramento local e regional, assim como pela disponibilidade de dados históricos através de redes meteorológicas nacionais (Bernardino, et al, 2015;no prelo) Considerando a ampla heterogeneidade climática existente no Brasil, o GT utilizou referências atuais (Marengo et al, 2010;McGlone & Vuille, 2012), que melhor apresentam cenários de alterações climáticas atmosféricas e sua relação com fenômenos de ENSO (El Niño Southern Oscilation) previstos para o Brasil entre os anos de 2071 a 2100, na hipótese de manutenção do cenário de altas emissões de CO 2 feitas pelo IPCC (cenário A2, IPCC, 2007). Além da evidente importância dos parâmetros climáticos de temperatura e pluviometria para o funcionamento de ecossistemas bentônicos estuarinos, o GT identificou a elevação no nível médio do mar como um terceiro importante componente, e que também possui forte suporte científico (e.g.…”