“…Diller (1909), por exemplo, ressalta o papel ativo do intelectual na construção do primeiro hospital, bem como a primeira escola de medicina, nos Estados Unidos. Em sentido similar, William Clifford Roberts, médico, ex-editor do American Journal of Cardiology e autor de diversos artigos na área da saúde, destaca a importância de Franklin para a medicina por intermédio de seus inúmeros conselhos nutricionais e de exercícios físicos (Roberts, 1991); b) o século XVIII é tido como um período de diversas transformações no campo da saúde, quando novas ideias passaram a circular no discurso médico-científico (Vigarello, 1996(Vigarello, , 1999Corbin, 2016), e a leitura das obras do pensador norte-americano pode contribuir para melhor se compreender o contexto; e c) a sociedade americana da época, especialmente a colônia da Pensilvânia, era predominantemente fiel ao culto protestante, em que imperavam fortes críticas ao denominado mau uso do tempo livre. Dessa maneira, havia constante recriminação aos divertimentos, tanto em bares quanto ao ar livre, assim como demonstrado por Amstel et al (2019).…”