2018
DOI: 10.5380/dma.v47i0.62431
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Bem Viver e Ecossocioeconomias: uma síntese

Abstract: Diante do fenômeno das mudanças climáticas, não faz sentido discutir Bem Viver (BV) subjetivamente, sem correlacioná-lo ao significado de bem comum. O objetivo é dialogar sobre o tema do Bem Viver em perspectiva intergeracional na dialética entre subjetividade e bem comum, homem-natureza, considerados como falsos binômios. Trata-se de um ensaio. O BV, mais do que condição material, socioeducacional e de saúde, é estado particular de felicidade, no qual vigoram padrões culturais distintos. Não se nega abstrair … Show more

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“…Por sua vez, a noção de ecossocioeconomias, designando um amplo leque de inovações sociais que acompanham o controvertido debate em curso sobre estratégias de transição ecológica, aponta no sentido da proliferação de experimentos ainda embrionários que mobilizam os rótulos de economia circular, economia social e solidária, comércio responsável e justo, responsabilidade social corporativa, decrescimento convivial, agricultura ecológica, permacultura, ecovilas, cidades em transição, mobilidade urbana sustentável e slow food -dentre muitas outras (Sampaio, 2010;Sampaio & Alves, 2019). Apoiadas nas elaborações clássicas de Kapp, Sachs e Georgescu-Roegen, essas inovações refletem hoje em dia os avanços parciais que vêm sendo alcançados pelas forças vivas da sociedade civil organizada em confronto desigual com o paradigma neoliberal no tabuleiro de xadrez mundial.…”
Section: Projeções Ecossocioeconômicas Da Concepção Do Bem Viverunclassified
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“…Por sua vez, a noção de ecossocioeconomias, designando um amplo leque de inovações sociais que acompanham o controvertido debate em curso sobre estratégias de transição ecológica, aponta no sentido da proliferação de experimentos ainda embrionários que mobilizam os rótulos de economia circular, economia social e solidária, comércio responsável e justo, responsabilidade social corporativa, decrescimento convivial, agricultura ecológica, permacultura, ecovilas, cidades em transição, mobilidade urbana sustentável e slow food -dentre muitas outras (Sampaio, 2010;Sampaio & Alves, 2019). Apoiadas nas elaborações clássicas de Kapp, Sachs e Georgescu-Roegen, essas inovações refletem hoje em dia os avanços parciais que vêm sendo alcançados pelas forças vivas da sociedade civil organizada em confronto desigual com o paradigma neoliberal no tabuleiro de xadrez mundial.…”
Section: Projeções Ecossocioeconômicas Da Concepção Do Bem Viverunclassified
“…Elas emergem por meio da criação de novos arranjos socioeconômicos, socioculturais e sociopolíticos nos quais prevalece uma combinação sinérgica de diferentes tipos de organizações: (i) instituições governamentais (mesmo que muitas vezes elas estejam ausentes nas fases de criação e decolagem), (ii) empresas que promovem a assim chamada responsabilidade social corporativa, atuando em setores econômicos de natureza pública e nas quais as demandas giram em torno de bens e serviços de interesse público; (iii) ONGs, associações, cooperativas e mesmo coletivos universitários de pesquisa--ação no campo das alternativas de desenvolvimento local/territorial. Via de regra, são enfatizadas as dimensões da endogeneidade e da territorialidade dos processos de dinamização socioeconômica que, a partir das propostas ecodesenvolvimentistas nos anos 1970 e 1980, foram redimensionados no bojo dos programas de criação de Agendas 21 locais em rede gestados por ocasião da Cúpula da Terra em 1992 (Sampaio & Alves, 2019).…”
Section: Projeções Ecossocioeconômicas Da Concepção Do Bem Viverunclassified
“…Dentre as três vertentes ideológicas que guardam a pluralidade do Bem Vivera "indigenista-pachamamista", a "socialista-estatista" e a do "pós-desenvolvimento-ecologista" conforme a perspectiva trina proposta por Hidalgo-Capitán e Cubillo-Guevara (2017) e detalhada por Sampaio, Alcântara e Vieira (2022), o presente ensaio enfatiza o terceiro enfoque, reconhecendo, entretanto, a importância dos múltiplos saberes e fazeres vinculados às ecossocioeconomias (Sampaio et al, 2018) para articular as distintas vertentes e integrar as abordagens setoriais, identitárias e culturais, políticas e sociais, econômicas e ambientais.…”
Section: Introductionunclassified
“…A Arte aplicada como uma ferramenta de gestão é o que propomos neste artigo, propiciando a formação de uma postura crítica, pautada na Geopoética, frente à crise socioambiental do nosso tempo (Leme & Neves, 2007). Em um contexto global no qual a qualidade de vida é muito vinculada com a capacidade de consumo e a sociedade confunde o "bem viver" com um "viver para ter", tem-se as justificativas para a assimetria entre as dinâmicas social e ecológica que caracterizam a contemporaneidade (Sampaio, 2018).…”
Section: Introdução: Interpretando a Paisagemunclassified