Basses Oeuvres. Ethnologie d'un réseau technique urbain : les égouts de Montpellier

Jeanjean, Agnès

doi:10.3406/coloc.2000.1636

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“…Da minha parte, ter tido a oportunidade de conhecer Colette Pétonnet foi, é óbvio, ao mesmo tempo marcante e decisivo, influenciando minha maneira de trabalhar, oferecendo, pela sua presença e pelo seu temperamento, novas e possíveis formas de me afirmar e me expressar de forma diferente. Ao relê-la, fiquei surpreso ao descobrir que ela nos convidava a trabalhar em infraestruturas, e em particular na água -certamente água e esgotos urbanos, uma etnografia "complicada, difícil porque está entrelaçada, mas formidável" (PÉTONNET; LACASCADE, 1998, p. 27-28), que Agnès Jeanjean (2006) água -ou, mais precisamente, da hidrodinâmica -para falar sobre a cidade e seus fluxos, como se fosse um líquido que se propaga, tendo dedicado um artigo a esse exercício de estilo, que também visava "nos conscientizar de nossos hábitos mentais e do que eles revelam" 30 . É preciso lembrar que sua aprendizagem foi com André Leroi-Gourhan e Roger Bastide, no Musée de l'Homme e no Museu Nacional de História Natural, e que esta abordagem certamente lhe convidou a olhar de muito perto para as coisas e as pessoas.…”

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De Volta Ao Père-Lachaise. Alguns Passos Com Colette Pétonnet

Wateau

2022

VRA

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Tradução: Annye Cristiny Tessaro "Dois livros magistrais, três obras sob sua direção, [...] sessenta artigos, [...] com uma preocupação de precisão etnográfica e elegância literária", estas poucas palavras resumem o trabalho de Colette Pétonnet (PAQUOT, 2013, p. 2). E que trabalho. Seu primeiro livro, sua tese de pós-graduação, foi também sua primeira obra publicada pela Maspéro, em 1968. Intitulado Ces gens-là, que trata de um estudo em uma cité de transit 2 , foi imediatamente traduzido para o inglês e publicado em 1973 com o título Those People. The Subculture of a Housing Project pela Greenwood Press. Em 2017 foi reeditado em francês pela CNRS Éditions.Sua segunda obra, sua tese de qualificação 3 , foi publicada em dois volumes pela Galilée, em 1979, On est tous dans le brouillard. Ethnologie des banlieues, e em 1982, Espaces habités. Ethnologie des banlieues, que também foi um sucesso. O primeiro volume foi reeditado em 1985 em uma versão ampliada (Galillée), uma versão de bolso em uma única obra compilada e publicada pela CTHS em 2002, e depois em 2012 (terceira edição). Entre seus renomados artigos, "L' observation flottante. L' exemple d'un cimetière parisien 4 " deixa uma marca indelével. Publicado na revista L'Homme em 1982, foi traduzido para o alemão e publicado em versão anotada em 2003, depois para o português do Brasil em 2008. Sem dúvida, ele apresenta "sua mais bela invenção: a observação flutuante" -como diz o prefácio da última obra compilada de seus textos (PÉTONNET, 2018, p. 13). Para Colette Pétonnet, acrescenta-se, [...] responde com um vivo sentido de invenção, por meio de uma bricolagem adaptada a cada campo com a constante preocupação de sempre confrontar observações e discursos, [...] e com a obrigação de aprimorar a metodologia à medida que a pesquisa é realizada [...] a fim de captar as particularidades da investigação urbana (PÉTONNET, 2018, p. 10-11).A observação flutuante, uma invenção metodológica aplicada ao mundo urbano, afinal, absolutamente inovadora na França no final dos anos de 1970 -e, sem dúvida, também do mundo inteiro.

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