Banalidades e brigas de bar: estudo sobre conflitos interpessoais com desfechos fatais (São Paulo: 1991-1997)

Abstract

The city of São Paulo recorded high rates of homicide during the 1990s and 2000s. This phenomenon was deeply related with the high levels of urban crime in the late 1970s. In general, the violent crime studies emphasize the impact of unequal distribution of rights, the domain of organized crime, and the state's inability to enforce the law and maintain the order. However, there is a lack of literature on the violent crimes as result of interpersonal conflict. This master thesis proposes to move from the macro level toward micro level of analysis, and change the focus from homicide studies into interpersonal conflict studies. The data used were criminal records of murders between 1991 and 1997, gathering in 16 police stations located in the North and West areas of São Paulo; it was selected 30 violent crimes committed in bars. This study also examined the legal understanding of banality. In recent years, certain media discourse has increased around "trivial reasons" of violent crimes. It was identified that the banal and futile concepts are manipulated in order to qualify acceptable types of sensibilities and social emotions involved in violent crimes. Lastly, it is examined how offenders, victims and witnesses justify the conflicts and the interpersonal violence outcomes. It was identified that the hostilities is consequence of quarrels or public challenges; it means the conflict arises as a way of setting limits and boundaries for the social authorities. As a result,in this scenariointerpersonal distrust seems to sustain the use of violence.

Gestão e os Desafios da Liderança no Ambiente de Sala de Aula

“…Segundo Oliveira (2009), um grupo pode ser definido como um conjunto de pessoas que se unem para alcançar um ou mais objetivos comuns. Assim, um grupo é muito mais do que um simples conjunto de pessoas, pois os membros interagem uns com os outros regularmente para alcançar os objetivos afins.…”

As taxas de homicídios entre os anos de 1996 e 2016, políticas públicas e as mudanças implementadas na Polícia Militar do Estado de São Paulo

“…Os efeitos teorizados por Becker (1974) ainda podem ter sido complementados por um terceiro, ainda pouco estudado, porém, bastante pertinente para se analisar crimes de homicídios, tratando-se da mediação de conflitos interpessoais, considerando as evidências de que a maior parte dos homicídios tem origem em conflitos interpessoais banais (LIMA, 2000;WAISELFISZ, 2013;OLIVEIRA, 2016), assumindo-se a premissa de que tais crimes podem ter sido prevenidos quando policiais militares ocupam territórios em que se observavam altas taxas destes crimes, e passam a atender ocorrências com essas características (gráfico 46, p.150).…”

“…(2) aumento das taxas de aprisionamento; (4) aumento das apreensões seguido de consequente diminuição do estoque e circulação de armas de fogo, bem como a diminuição de pessoas portando armas de forma livre e ilegal nas ruas, com receio de serem presas devido a maior presença e atuação policial, tendo a legislação de controle da difusão e porte de arma de fogo papel fundamental nesse processo (item 4.4); (5) e mediação de conflitos interpessoais (gráfico 46, p.150), principal causa dos homicídios esclarecidos (LIMA, 2000;WAISELFSZ, 2013;OLIVEIRA, 2016). Tais aspectos podem ter intensificado os efeitos dissuasão e incapacitação (BECKER, 1974), bem como a mediação de conflitos interpessoais, que podem ter prevenido e reprimido a prática de homicídios.…”

“…a melhorar os indicadores sociais, pois a "socialização de informações, extensão do serviço de água potável, extensão dos serviços de vacinas, acesso a antibióticos, atendimento médico ao parto e à gestante, aumento da escolaridade"(MARICATO, 2000, p.26) entre outras condições que são mais acessíveis no meio urbano, tende a piorar a TMH, pois aproxima contradições sociais, criando um ambiente que favorece os conflitos interpessoais, principal causas dos homicídios no MSP como apontamLima (2000) eOliveira (2016).Fonte: elaboração própria por meio do software GeoDa, com base nos dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade -SIM/PRO-AIM -CEInfo -SMS-SP, disponibilizados por meio do Tabnet do DASASUS. análise exploratória do IDHM dos distritos mostra simetria na distribuição dos dados nos anos de 2000 e 2010, ressaltando-se ainda que tanto as médias quanto as medianas do IDHM ficaram próximas do índice geral do município, sendo 0,733 em 2000, e 0,805 em 2010.…”