Balanço hídrico e suas variabilidades em período de El Niño e La Niña visando às oscilações erosivas em Amparo de São Francisco – Sergipe – Brasil

Abstract

Objetiva-se estimar o balanço hídrico climatológico normal em fase dos fenômenos El Niño(a), visando à ocorrência da variabilidade erosiva para o município de Amparo de São Francisco – SE, disponibilizando informações aos tomadores de decisões governamentais para que possam realizar planejamento que visem conter perdas de solo na região. Utilizou-se dos dados de precipitações médias mensais e anuais e dos valores da temperatura média do ar estimadas pelo software Estima_T para o período de 1963-2019. Para determinar o fator erosividade do solo, utilizou-se a equação proposta por Wischmeier para o mesmo período da precipitação e dos índices térmicos. As formas erosivas atualmente, tanto pela água como pelo vento, são responsáveis em cerca de 56% e 28%, da degradação dos solos no mundo. Os problemas de erosão, na área de estudo, são resultantes da combinação de um rápido processo de ocupação e técnicas do território, solos frágeis e de um regime climático propício a sua ocorrência de forma intensa. Sendo que estes processos não são somente de formas físicas. Os índices de aridez tem maior contribuição para o processo erosivo foi registrado no período de ocorrência de La Niña (3,63%), seguidamente dos períodos de El Niño (21,78%) e da série pluvial (1963-2019) (35,85%). Os índices hídricos apresentaram as seguintes variabilidades para o período da série (-12,37%), El Niño (10,96%) e La Niña (71,06%). Os índices de umidade oscilaram com 8,76% na série, 24,02% no El Niño e 73,23% na La Niña. Sabe-se que quanto menor o Ia maior a ocorrência da erosão.

Balanço hídrico para diferentes capacidades de campo e a variabilidade erosiva pluvial no munícipio de Amparo de São Francisco – SE, Brasil

“…As problemáticas esperadas são reduções nos índices pluviométricos que poderão atingir a faixa de 60% dos valores mensais, com isto os reservatórios de armazenamento d'águas ficarão obsoletos restringindo ainda mais a água potável para a sobrevivência humana, animal e vegetal afetando, a fauna e a flora e podendo algumas espécies ser extintas (Marengo et al, 2011). França et al, (2020) Medeiros et al, (2015) realizaram o computo do BH e da erosividade pluvial levandose em conta cenários médios mensais com redução pluvial de 10% e acréscimo no índice térmico de 1 ºC (cenário otimista = B2) e 20% e 4 ºC (cenário pessimista = A2) para a cidade de Cabaceiras -PB. Utilizaram-se dados mensais e anuais pluviais e térmicos do ar estimada referente ao período de 1950-2010.…”