Avaliação microbiológica e da higiene de mãos de profissionais de enfermagem: uma abordagem investigativa

Abstract

A higienização das mãos é a forma mais importante de prevenção primária a infecções hospitalares que se tem dentro de um serviço de saúde e medidas simples, porém eficazes, como a utilização de água e sabão podem reduzir drasticamente o número de microrganismos que podem estar presente nas mãos de profissionais da saúde. O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade da higienização das mãos de profissionais da enfermagem. A pesquisa foi realizada com 12 profissionais que atuam nos setores UTI adulto com pacientes clínicos e UTI neonatal de um hospital da rede privada na região metropolitana do Vale do Paraíba, SP – Brasil e a avaliação se deu mediante questionamento da técnica utilizada pelos profissionais e por determinação de número de UFC de bactérias coletadas em swab das mãos, coletado antes e após procedimento de higienização. Observou-se que a maioria dos participantes (83,2%) antes e após contato com pacientes, fluidos e superfícies, e que 91,6% usa alcool quando não consegue higienizar as mãos. Os profissionais de nível técnico apresentaram maior redução no número de UFC que os profissionais de nível superior, com diferença de 22,13% e em geral houve redução considerável no número de microrganismos. Conclui-se que o procedimento de higienização de mãos que foi preconizado pelos profissionais independentes da classe resultou eficácia, porém com algumas falhas pontuais, o que trazem à tona a não conformidade nos procedimentos de higienização das mãos sendo necessário intensificar treinamentos e capacitações através de educação continuada.

Adesão à técnica de higiene das mãos: estudo observacional

“…Este é um estudo que permitiu ampliar o conhecimento científico sobre a adesão à HM dos profissionais de saúde e a qualidade da técnica utilizada, assim como discutir os fatores impactantes na adesão. Mesmo com evidências sólidas da eficácia da HM na redução das taxas de infecções, no tempo de internação hospitalar, nos custos relacionados ao tratamento e na transmissão de microrganismos multirresistentes, (6,7,20) a baixa adesão à HM pelos profissionais de saúde ainda é uma preocupação mundial por apresentar ameaça iminente à segurança do paciente nas instituições de saúde. (3) Diversos fatores podem estar relacionados à baixa adesão à HM pelos profissionais, dentre eles: esquecimento, executar atividades assistenciais com maior risco de infecção, utilização de luvas e demais equipamentos de proteção individual (EPI), elevada carga de trabalho, desconhecimento, distância do lavatório e também aspectos relacionados à saúde mental, como ansiedade, depressão, sono prejudicado, dentre outros.…”

“…(3) A HM apresenta-se como uma medida simples, de baixo custo e com eficácia comprovada na prevenção das IRAS, visto que reduz a carga microbiana presente nas mãos e evita a disseminação de agentes patogênicos. (6,7) No entanto, mes-mo com evidências científicas que comprovam sua efetividade, a baixa adesão à prática de HM ainda é um problema mundialmente enfrentado, o que desafia profissionais e gestores de instituições de saúde. (2,8,9) Nesse sentido, os programas de controle de infecção precisam monitorar não somente as taxas de adesão baseada em oportunidades, mas também a qualidade da técnica de HM, que consiste em seguir os passos e o tempo preconizado para a ação adequada do antisséptico.…”

Point-of-Care Electrochemical Immunosensor Applied against Nosocomial Infection: Staphylococcus aureus Detection in Human Hand Skin

“…The immunosensor detected S. aureus as lower as the present in the hands after washing (10 4 −10 6 CFU mL −1 ). 14,16 Another point to be highlighted from Table S1 is that, as far as we know, there are no studies in the literature that report the detection of S. aureus on the analyte from the skin of the human hand.…”

“…This value is lower than that found on hands after washing (10 4 −10 6 CFU mL −1 ). 14,16 Therefore, the developed immunosensor could be an alternative to control HAIs, being a rapid and cost-effective POC test.…”

“…14,15 Analyzes have reported concentrations around 10 4 −10 6 CFU mL −1 of S. aureus on hands, even after handwashing, due to incorrect hand hygiene practices. 14,16 This underscores the urgent need to control the presence of S. aureus on human hand skin to aid healthcare professionals in deciding whether to rewash their hands to prevent nosocomial infections.…”