ResumoIntrodução: Indicado com frequência no controle químico da placa bacteriana, os enxaguatórios bucais se constituem no meio mais simples para veiculação de substâncias antissépticas, sendo recomendada sua prescrição com vistas à prevenção e ao tratamento de afecções específicas, destacadamente, a cárie e a doença periodontal. Objetivo: Este estudo visa descrever os componentes antissépticos que integram os enxaguatórios bucais, delinear seus mecanismos de ação e os efeitos colaterais. Metodologia: Tendo como referência a literatura científica, foi realizada uma revisão sistemática sobre o tema através de consulta às bases dados da Biblioteca Virtual de Saúde, LILACS e SciELO. Resultados: Na formulação dos enxaguatórios bucais destacam-se os princípios ativos com atividade antisséptica, clorexidina, cloreto de cetilpiridínio, triclosan gantrez e os óleos essenciais timol, mentol, eucaliptol e o salicilato de metila diluídos em água e ou álcool. A esses fármacos são acrescidas várias substâncias entre as quais, benzoato de sódio, adoçantes (xilitol ou sacarina, por exemplo), propilenoglicol, EDTA, poloxâmero, hidróxido de sódio, lauril sulfato de sódio, polietilenoglicol e aromatizantes. Conclusão: É relevante para a preservação da saúde bucal, a indicação sob supervisão de enxaguatórios com antissépticos, sendo essencial que os acadêmicos de odontologia e os cirurgiões-dentistas tenham domínio da composição química, da ação farmacológica, dos efeitos colaterais e de possível ameaça de risco à saúde que os princípios ativos e as substâncias complementares são capazes de produzir. Palavras-chave: Antissépticos bucais. Clorexidina. Cetilpiridínio. Triclosan. Óleos essenciais.
ENXAGUATÓRIOS BUCAIS COM ANTISSÉPTICOS
CONSIDERAçÕES PRELIMINARESTendo em consideração a limitação dos métodos mecânicos de higiene e a eficácia farmacológica dos agentes antimicrobianos visando a prevenção e o tratamento de infecções orais, é que surgiram no mercado os antissép-ticos bucais, também conhecidos como colutórios ou enxaguatórios. Os enxaguatórios bucais representam o meio mais simples para veiculação de substâncias antissépticas. (ANDRADE et.al., 2011).O uso dos enxaguatórios bucais tem sido frequentemente, indicado no controle químico da placa bacteriana, estrutura caracterizada como sendo uma massa densa, não calcificada, que serve como um depósito bacteriano, e que se encontra aderida ao dente, à película adquirida, aos cálculos dentais e às outras estruturas presentes na cavidade oral (MARINHO; ARAÚJO, 2007). Além do mais, têm indicação de uso para situações específicas entre os quais, os processos inflamatórios e infecciosos instalados na região bucofaríngea (BAUROTH et al., 2003).