Avaliação físico-química e microbiológica de fitoterápicos utilizados em uma farmácia municipal de manipulação

Abstract

O medicamento fitoterápico possui como insumo, plantas medicinais ou seus derivados. Apesar de inúmeros benefícios, o uso indiscriminado e falhas durante a produção podem expor o consumidor final a efeitos nocivos à sua saúde. Nesse sentido, o estudo avaliou a qualidade físico-química e microbiológica de insumos vegetais utilizados em uma farmácia de manipulação municipal na região sudoeste do Paraná. Foram analisadas amostras de extratos secos de: Cymbopogon citratus, Baccharis trimera., Aesculus hippocastanum, Equisetum arvense, Echinodorus grandiflorus, Curcuma longa, Ginkgo biloba, Piper methysticum, Melissa officinalis e Passiflora incarnata. Para a avaliação físico-química, foram realizados os testes, segundo a Farmacopeia Brasileira (2019): características organolépticas, umidade, granulometria, pH, densidade, solubilidade e constituintes secundários, dentre os quais flavonoides, saponinas e taninos. Para a análise microbiológica, determinou-se a presença de microrganismos totais, bolores, leveduras, Salmonella sp e Shiguella sp, segundo Barbosa (2014). A avaliação organoléptica revelou que todas as amostras se apresentaram com aspecto de pó fino e homogêneo, com odor e cor característicos de cada espécie. Os extratos secos apresentaram resultados de teor de umidade, granulométricos, pH e densidade dentro dos valores de referência farmacopéicos. Com relação a solubilidade, a amostra de E. arvense se revelou praticamente insolúvel ao solvente utilizado. Todas as amostras testaram positivo para a presença de flavonoides. As amostras de G. biloba, P. methysticum e P. incarnata não apresentaram saponinas. Nenhuma amostra apresentou contaminação por bactérias totais, Salmonella sp e Shiguella sp. Portanto, os resultados obtidos nesta pesquisa atendem aos parâmetros da legislação vigente, comprovando a qualidade dos extratos estudados.

Análises de laudos de insumos vegetais comercializados para farmácias magistrais

“…Este ensaio é necessário para mostrar problemas de estabilidade por instabilidade química da amostra, pois reações de degradação do derivado vegetal podem ser notadas quando há variação do pH fora da faixa esperada. As alterações do pH também podem ser indicativos de crescimento de fungos e bactérias, que apresentam maior capacidade de replicação em pH na faixa neutra, entre 5,0 e 9,0 (57)(58) Segundo a RDC n o 67/2007, o ensaio de pH deve ser realizado quando aplicável, ou seja, não é um critério obrigatório para avaliar um IFAV sólido. No entanto, observou-se que a maioria dos certificados de análises, que informam o dado referente a análise de pH, apresentam resultado na faixa de pH entre 2,0 e 7,0 e um caráter fracamente ácido.…”

Análise de qualidade e microbiológica do Rosmarinus officinalis (alecrim)

“…É uma técnica rápida e dispensa equipamentos, entretanto de grande importância fazendo com que seja avaliado: cor, odor, características que não fazem parte da planta e sujidade (Cardoso, 2009;Meotti et al, 2021).…”