Avaliação Ergonômica E Prevalência Das Doenças Relacionadas Ao Trabalho Em Empresas Calçadistas Da Cidade De Franca

Abstract

ResumoO setor calçadista da cidade de Franca é um dos maiores em produção no Brasil, o que envolve inúmeros fatores de risco com a saúde do trabalhador, podendo acarretar em afastamentos, gastos para as empresas e para o governo. Desta maneira, o objetivo do estudo é verificar a prevalência de afastamentos dos trabalhadores, bem como avaliar os sintomas de dor, desconforto e fadiga em trabalhadores das empresas calçadistas de Franca/SP. Foram levantados o número de afastamentos e os dados de quatro empresas da cidade de Franca, bem como dados demográficos e ocupacionais e queixas osteomusculares de 39 trabalhadores do setor calçadista de ambos os sexos através de dois questionários, dentro de uma abordagem ergonômica. Os dados foram posteriormente tabelados e analisados para verificar qual a real necessidade da intervenção ergonômica nas empresas calçadistas. Podemos observar que 69,2% dos trabalhadores não necessitam de correções ergonômicas, 28,2% necessitavam de medidas corretivas em um futuro breve e 2,6% dos funcionários, necessitavam de correções tão logo quanto possível. No entanto, mais da metade dos trabalhadores (71,8%) observados sentem dor em alguma região do corpo, e 86% dos funcionários concordam que a dor está relacionada ao trabalho, ou seja, movimento repetitivo e sobrecarga. Assim, podemos concluir que existe sobrecarga nestes funcionários, sendo necessária a implantação ergonômica nestas empresas. Palavras-chave: ergonomia; afastamentos; avaliação ergonômica; setor calçadista; prevalência.

Estilo De Liderança Que O Engenheiro De Produção Deve Possuir Na Ótica Dos Engenheiros De Produção Da Faculdade Paraíso Do Ceará

“…Atualmente as instituições têm apresentado um comportamento diferenciado com relação às condições de trabalho, de modo que a prevenção de riscos e a qualidade de vida no trabalho têm se tornado fatores de destaque no processo de gerenciamento organizacional (GONÇALVES NETO et al, 2016). Nesse contexto, surge a ergonomia, definida por Quemelo et al (2009) NR-17 (BRASIL, 1990).…”

“…A NR-17, estabelece parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente (CARDOSO JÚNIOR, 2006 relacionamento interpessoal e a comunicação interna do grupo (QUEMELO et al, 2009).…”

“…Por outro lado, o trabalho inadequado e a falta de ergonomia em uma determinada empresa podem causar doenças ocupacionais, como as DORT ou Lesões por Esforço Repetitivo (LER), bem como alterações psicossociais que são atribuídas ao trabalho, por existir a relação com o uso excessivo das estruturas osteomusculares em situações inadequadas (QUEMELO et al, 2009).…”

Handgrip strength and muscle fatigue among footwear industry workers

“…The footwear industry is an important economic sector in Brazil (1). Despite the increasing industrialization process, the line of production of the footwear industry still involves a high demand of muscle strength and repetitive motions that can lead to a state of fatigue (2)(3)(4). The work volume and the pressure to increase production, alternating shifts, the existence of physical risks and the lack of independence can be associated with this condition (5).…”

Riscos de lesão musculoesquelética em diferentes setores de uma empresa calçadista

“…Estas afecções são frequentemente relacionadas ao trabalho e podem ser ocasionadas de forma combinada ou não ao uso repetido e forçado de grupos musculares e à manutenção de posturas inadequadas Pesquisas sobre os riscos de lesões musculoesqueléticas presentes nos setores de corte, preparação, pesponto, montagem e acabamento da indústria calçadista são escassas 6,7 . Assim, o objetivo do estudo foi analisar e comparar as condições ergonômicas e posturais de diferentes setores de produção de uma empresa calçadista.…”