A atrazina é um herbicida amplamente utilizado em controle de infestações predominantes de folhas largas em culturas agrícolas como milho, sorgo e cana de açúcar, com alta mobilidade no solo, podendo tornar-se tóxico para os organismos aquáticos, plantas e seres humanos. Assim, a adsorção de pesticidas por biocarvões se torna opção viável, mitigando os impactos ambientais causados. Utilizados em modelos físico-matemáticos, ensaios de lixiviação de íons em coluna de solo, possibilitam a caracterização da mobilidade dos solutos apresentando soluções de equação diferencial de transporte de solutos no solo. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi verificar o potencial de adsorção de atrazina por biocarvão de palha de milho em coluna de solo indeformado e deformado. Para isto, o experimento foi conduzido em Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC), totalizando 16 ensaios (coluna deformada com biocarvão, coluna deformada sem biocarvão, coluna indeformada com biocarvão e coluna indeformada sem biocarvão). Os tratamentos com biocarvão receberam uma quantidade de 5 ton ha-1 e todos receberam a mesma quantidade de atrazina (6,5 L ha-1). O biocarvão foi caracterizado por meio de avaliação da morfologia das superfícies por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), área superficial específica (ASEBET) e porosidade. As concentrações de atrazina foram medidas por Cromatografia Líquida de Alta Performance (HPLC). No solo indeformado verificou-se diferença significativa na adsorção de atrazina após a aplicação do biocarvão, uma vez que reduziu a mobilidade do pesticida no solo. Porém, o método utilizado no solo deformado não se mostrou eficiente, fazendo-se necessário mais estudos voltados à essa perspectiva.