Avaliação do controle leiteiro e agentes causadores de mastite em vacas Holandesas

Abstract

Objetivou-se avaliar a produção de leite e a contagem de células somáticas coletadas em rebanhos de vacas Holandesas em lactação, e caracterizar os agentes causadores de mastite. Foram avaliadas 1760 vacas criadas em quatro propriedades localizadas nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Foi calculada estatística descritiva para as características analisadas, produção de leite e contagem de células somáticas, em relação às propriedades leiteiras avaliadas e às diferentes ordens de parto. Além disso, foram estimadas as correlações entre as duas características e a prevalência dos agentes patogênicos causadores da mastite. A produção média de leite foi de 36,18 kg/vaca/dia e a média de contagem de células somáticas foi de 546.020 células/mL/vaca/dia. Duas propriedades apresentaram a média de contagem de células somáticas superior a 500 mil células/mL/vaca/dia. Foi observado uma média de produção de leite superior na terceira lactação, com uma queda para as produções subsequentes. Observou-se também um aumento progressivo nas médias de contagem de células somáticas ao longo das ordens de parto. As estimativas de correlação indicaram que a produção de leite tende a diminuir à medida que a contagem de células somáticas aumenta. Os agentes patogênicos de maior prevalência foram Bacillus spp. (14,47%), Staphylococcus coagulase negativa (12,86%) e Klebsiella spp. (6,75%), embora 47,59% das amostras acusaram resultados negativos. O controle leiteiro é essencial para o gerenciamento da propriedade leiteira e o monitoramento regular da contagem de células somáticas, bem como a identificação dos agentes causadores de mastite são estratégias fundamentais para assegurar a eficiência produtiva e o retorno econômico dentro da atividade leiteira.