Avaliação do conhecimento de médicos intensivistas de Teresina sobre morte encefálica

Magalhães, Juliana Veloso; Veras, Kelson Nobre; Mendes, Cíntia Maria de Melo

doi:10.1590/1983-80422016241117

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“…Este profissional expõe suas dificuldades no processo de comunicação da morte encefálica: Comunicar o óbito é a parte fundamental da assistência dada ao paciente e a seus familiares 9 , porém, revela-se uma tarefa complexa para a qual o médico não se vê preparado 7,32 . Nesse caso, a dificuldade na comunicação ainda é potencializada por diferentes signos agrupados em seus respectivos significados: as controvérsias na definição da morte encefálica, o contexto sociocultural e o contexto do pronto-atendimento (Quadro 1).…”

Section: • O Processo De Confirmação Da Morte Encefálica: O Velório Nunclassified

“…Até a Renascença pensava-se que o controle do corpo era realizado pelo coração 36 . A partir do século XIX, foram identificados três órgãos responsáveis pela manutenção da vida: o coração, os pulmões e o cérebro, os quais estariam de tal modo interligados que a morte ou falência de um implicaria a dos demais 9,21 . E, embora o termo morte encefálica tenha surgido em 1959 na França, até a década de 1960, o único critério médico para a constatação da morte era a parada cardiorrespiratória.…”

Section: • O Processo De Confirmação Da Morte Encefálica: O Velório Nunclassified

“…Segundo o profissional, caso o horário da morte fosse atestado após a retirada dos órgãos não se caracterizaria e atestaria a morte de um corpo. Os entrevistados não demonstraram dificuldades ou dúvidas em determinar o horário legal do óbito, o que contrasta com outro estudo no qual a maioria dos participantes considerou como horário do óbito o momento de abertura do protocolo de morte encefálica ou da retirada de órgãos 9 .…”

Section: Quadrounclassified

“…O cuidado médico pré-5 e per-hospitalar 6,7 tem postergado a possibilidade da morte para o hospital 7 , incluindo a morte encefálica, cujas causas mais frequentes são o traumatismo cranioencefálico e o acidente vascular encefálico 9 . Todavia essas condições graves permitem a preservação da vida de outras pessoas por meio da doação de órgãos 10 .…”

Section: Introductionunclassified

“…No Brasil, de forma distinta, os estudos privilegiam, especialmente, a perspectiva do enfermeiro 6,8,18 , fatores relacionados à não-doação 19 , a legislação sobre a doação de órgãos 20 e diretrizes para avaliação e validação do potencial doador 10 . Poucas pesquisas contemplam as complexidades do processo de diagnóstico de morte encefálica na perspectiva do médico 9,21 .…”

Section: Introductionunclassified

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A morte que salva vidas: complexidades do cuidado médico ao paciente com suspeita de morte encefálica

2018

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Resumo: O objetivo do presente trabalho é compreender como os médicos do maior pronto-atendimento de uma metrópole brasileira orientam o cuidado aos pacientes graves com suspeita de morte encefálica e potenciais doadores de órgãos. Trata-se de uma etnografia, desenvolvida em um hospital de pronto-socorro, referência em trauma na América Latina, situado no hipercentro da cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. A instituição, de modo pioneiro no Brasil, conta com um setor específico para onde são encaminhados os pacientes com suspeita de morte encefálica. O trabalho de campo foi realizado durante nove meses, baseado em observações empíricas e entrevistas junto a 43 médicos plantonistas - 25 homens e 18 mulheres, entre 28 e 69 anos. A análise dos dados foi orientada pelo modelo de “signos, significados e ações”. À etnografia, emergiu o processo de cuidado médico ao paciente em suspeita de morte encefálica que contempla: terapia intensiva; realização do protocolo e comunicação do fato à família do paciente. Nesse último caso, a interlocução perpassa as controvérsias no conceito de morte encefálica, o contexto sociocultural e o contexto do pronto-atendimento. Ficou claro que esse processo de cuidado médico ultrapassa questões meramente normativas e adentra uma complexidade de elementos, sobretudo o papel do profissional como mediador de uma miríade de elementos e tensões imbricados. Entre a constatação e a comunicação da morte encefálica emergem percepções ambivalentes dos médicos e dos familiares. O estudo evidenciou que a tênue definição do que seja a vida e a morte tangencia toda a atuação médica, tendo implicações diretas no cuidado ao paciente/potencial doador e aos familiares.

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Section: • O Processo De Confirmação Da Morte Encefálica: O Velório Nunclassified

Section: Quadrounclassified

Section: Introductionunclassified

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A morte que salva vidas: complexidades do cuidado médico ao paciente com suspeita de morte encefálica

2018

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Assessment of physicians’ knowledge about brain death and organ donation and associated factors

et al. 2022

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Precocity and assertiveness when diagnosing brain death are essential for identifying potential donors. To assess the knowledge of physicians about brain death and organ donation, cross-sectional web-based survey was carried out with physicians from different specialties. The knowledge about brain death and organ donation was assessed by a questionnaire with 12 multiplechoice or multiple-answer questions (possible range from 0 to 12). The nonparametric Mann-Whitney and Kruskal-Wallis tests were performed to verify the association between the physicians' knowledge and others variables. The project was approved by the Research Ethics Committee of the Hospital das Clínicas, Faculty of Medicine of Ribeirão Preto, University of São Paulo, under number 4.022.657, and all patients agreed to participate and provided free prior-informed consent. Three hundred sixty physicians were included in this study, most of them have postgraduate (55%) and 59.2% were intensive care physicians. The median of responses was 5 (obtained range from 0 to 10). The participants were classified in 2 groups: with satisfactory knowledge (scores above 5) or without satisfactory knowledge (scores equal/below 5). There was better performance among participants who: completed graduation between 6 and 10 years (P < .012); were intensive care physicians (P < .002); had participated in training courses (P < .001); and those who had worked in intensive care unit (ICU) from 6 to 10 years (P < .023); had performed over 10 brain death protocols (P < .001), and felt safe to talk to family members about brain death (P < .001). The results showed that the participants had low knowledge about diagnosis of brain death and organ donation protocols despite the majority working in ICUs. Be an intensive care physician, had large time experience in ICU, and had performed brain death protocols were associated with unsatisfactory knowledge concerning the subject.

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Avaliação do conhecimento de médicos sobre morte encefálica e doação de órgãos e fatores associados

Vasconcelos¹

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Agradeço a Deus, por todas as oportunidades e bençãos concedidas.À minha família, em especial a minha querida e amada mãe, por se fazer presente mesmo a distância, me dando amor, carinho e me apoiando incansavelmente ao longo de minha trajetória acadêmica. À Profa. Dra. Maria Auxiliadora Martins, por acreditar em mim e por muito ter me ensinado com sua humildade, competência e expertise, contribuindo para meu crescimento pessoal, científico e intelectual ao longo de nossa convivência.A todos meus amigos, em especial, Mare, Jessyca e Carlos, por toda cumplicidade, amor e carinho, vocês tornaram esta caminhada leve. Serei eternamente grata.Aos participantes deste estudo, pela contribuição e disposição.

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Avaliação do conhecimento de médicos intensivistas de Teresina sobre morte encefálica

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A morte que salva vidas: complexidades do cuidado médico ao paciente com suspeita de morte encefálica

A morte que salva vidas: complexidades do cuidado médico ao paciente com suspeita de morte encefálica

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Avaliação do conhecimento de médicos sobre morte encefálica e doação de órgãos e fatores associados

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