Avaliação de Impactos Ambientais: redefinindo a inovação tecnológica

Abstract

Dossiê 75Avaliação de Impactos Ambientais: redefinindo a inovação tecnológica 1 Thales Novaes de Andrade 2 ResumoA inovação tecnológica possui um arcabouço gerencial sofisticado, e os administradores científicos precisam integrar diferentes áreas de pesquisa e desenvolvimento. A avaliação de impactos torna-se cada vez mais relevante em diversas instituições de pesquisa, norteando as formas de financiamento e implementação de projetos. Nesse contexto, as variáveis ambientais tornam-se extremamente relevantes, e seus impactos precisam ser levados em conta nos processos de avaliação de tecnologias. Palavras-chave: inovação tecnológica, avaliação de impactos, meio ambiente, Embrapa. IntroduçãoA tualmente, a inovação tecnológica precisa se submeter a prá-ticas gerenciais sofisticadas, e os policy-makers precisam dar coerência e integração às diferentes áreas de pesquisa, desenvolvimento e difusão tecnológica. Na esteira dessa tendência à burocratização das práticas científicas, muitos autores consideram as inovações organizacionais tão relevantes quanto as inovações tecnológicas, de modo que as primeiras são muitas vezes encarregadas em liderar a implementação dessas últimas (SANIDAS, 2004 http://dx.doi.org/10.5007/2175 7984.2012v11n20p75 Política & Sociedade -Florianópolis -Volume 11 -Nº 20 -abril de 2012 Avaliação de impactos ambientais: redefinindo a inovação tecnológica Thales Novaes de Andrade 76 -98A pesquisa científica e tecnológica está submetida a parâme-tros organizacionais mais impositivos, e o uso recorrente de metodologias gerenciais, como planejamento estratégico e identificação de prioridades, tem significado uma intervenção crescente sobre a agenda dos especialistas em diversas instituições (DAGNINO, 2007).Uma das principais inovações organizacionais que emergiram recentemente em diversos ambientes de pesquisa científica e tecnológica foram as metodologias de avaliação de impactos tecnológicos (ZACKIEWICZ, 2003).O desenvolvimento técnico deve submeter-se às novas modalidades de gestão e aos imperativos do processo produtivo. Segundo Zackiewicz, esse controle externo da ciência e tecnologia remonta a algumas décadas, implicando no fortalecimento das práticas de avaliação.As práticas da escola de forecasting foram incentivadas pelos esforços dos governos em legislar sobre a ciência -especialmente sobre a custosa big science -e produzir accountability. Embora ainda sob perspectivas bastante diferentes, a partir do pós-guerra tanto a avaliação (externa) das atividades científicas quanto a previsão de seus avanços passaram a ser cada vez mais tratados por métodos com fortes influências da teoria econômica. A ciência, cada vez mais, precisava provar quantitativamente sua utilidade (ZACKIEWICZ, 2003: 196-7).Nas últimas décadas os condicionantes ambientais tornaram--se extremamente relevantes nas avaliações de tecnologias, devido à sensibilização da discussão sobre os riscos e as controvérsias científicas. Ciência e tecnologia deixaram de ser parâmetros de avanço e confiabilidade, sendo vistas com reservas...

O aprendizado da diversidade cultural e a patrimonialização da biodiversidade

“…The re-signification of communal and collective experiences of encounter with nature puts in movement two learning factors of the emerging arrangements of biodiversity. First, the entanglement among individuals, communities, native species and technologies (Andrade, 2012) produces varied arrangements of (bio)diversity that shape and shift territorialities. Sometimes these territorialities expand due to the advance of the cultivation area and the rise of the value of some native species in the market; but sometimes they withdraw due to the claim of the authenticity of a species, whenit is collectively identified with a (regional) biography of things (Kopytoff, 2008).…”

Aplicação da matriz de Leopold para avaliação expedita de impacto ambiental na produção de morangos: um estudo de caso em Ipê (RS)

“…Atualmente o setor agrícola brasileiro tem recebido atenção especial em relação às questões ambientais, (FADINI et al, 2004;ANDRADE, 2012), havendo já iniciativas de exigência de licenciamento ambiental de determinadas atividades, podendo variar de Estado a Estado.…”