O arco do violino é mais que um acessório do instrumento. É a própria alma dele e participa ativamente de sua trajetória musical. Durante anos, preferiu-se o Pau-brasil para sua fabricação, em virtude das propriedades tecnológicas, estéticas e produtivas que ele oferta. Seu alto custo de produção ao longo do tempo a mostrou como insustentável, sugerindo a busca de madeiras alternativas. Este trabalho apresenta a avaliação das propriedades tecnológicas das madeiras maranhenses para a fabricação de arcos de violinos. Avaliaram-se a densidade (ρ), velocidade de propagação do som (c), módulo de ruptura à flexão (G), coeficiente de anisotropia (Canis), trabalhabilidade e tipo de grã, comparando-as com espécies mundialmente usadas. Cada propriedade apresentou seu crivo, desenhando um ranqueamento parcial usado para a definição das espécies consideradas aptas. Mesmo havendo valores interessantes na maioria delas, a densidade definiu apenas 4 madeiras classificadas -Cumaru, Pau-d'arco, Maçaranduba e Goiabão -como indicadas para a confecção de arcos para iniciantes ou estudo.