Avaliação Da Sustentabilidade Da Produção Suinícola

Abstract

O estudo tem por objetivo identificar o nível de sustentabilidade de uma propriedade rural que desenvolve a atividade suinícola a partir do Sistema de Gestão e Avaliação da Sustentabilidade da Suinocultura. Metodologicamente a pesquisa é descritiva, realizada por meio de estudo de caso junto a uma propriedade rural do município de São Carlos-SC. As etapas para a realização do estudo foram: identificação dos indicadores; realização de entrevista com o produtor rural; aplicação do constructo de indicadores e métricas denominado Sistema de Gestão e Avaliação da Sustentabilidade da Suinocultura – SIGEASS. Os resultados permitem observar as extremidades positivas e negativas da atividade suinícola. Os resultados demonstram a partir do SIGEASS, as externalidades negativas nos indicadores ambientais de avaliação do solo, energia, água e ar/ efeito estufa, indicando a necessidade da implementação de melhorias nestes aspectos da avaliação, enquanto a remuneração do capital investido e da mão de obra apresentaram externalidades positivas.

Análise De Práticas De Sustentabilidade Em Granjas Suinícolas

“…Ainda há o modelo de integração, sendo a estrutura física das granjas do produtor e a prestação dos serviços em determinada fase produtiva e a empresa integradora é responsável pela destinação dos suínos e entrega dos insumos necessários para a produção e a assistência técnica para o desenvolvimento da atividade suinícola. E por fim tem o sistema cooperado, onde o sistema de manejo adotado pelo suinocultor depende da cooperativa, contudo a cooperativa também é responsável pelo destino dos suínos e pela entrega dos insumos e assistência técnica (Embrapa, 2017;Kruger, 2017). Miele e Machado (2006) afirmam que a criação de suínos pode ser classificada em dois grupos, que são caracterizados como suinocultura de subsistência, que abrange pequenas criações inseridas de forma marginal na cadeia produtiva da carne suína ou destinadas ao autoconsumo; além da suinocultura industrial, a qual é tecnificada, com a finalidade de ganhos em escala, e em sua maioria adota estratégias de especialização crescente.…”

“…O SIGEASS é um modelo estruturado de avaliação composto pelas dimensões ambiental, social e econômico-financeiro, o qual reúne 10 indicadores de desempenho, os quais são compostos por 60 métricas da avaliação do desempenho em sustentabilidade (Kruger, 2017).…”

“…Neste sentido, a realização da presente pesquisa busca analisar as práticas sustentáveis nas granjas suinícolas no Brasil, com a finalidade de realizar a evidenciação das externalidades positivas e negativas da atividade suinícola, considerando as especificidades das práticas produtivas de cada estabelecimento rural, analisando os aspectos econômicos, sociais e ambientais, visando a garantia da sustentabilidade da produção suinícola a longo prazo (Kruger, 2017). Considerando que diante da avaliação dos indicadores e a implantação de práticas de sustentabilidade no meio rural é possível agregar melhorias nos processos, ponderando avanços nos aspectos sociais, ambientais e econômico-financeiros (Kruger & Petri, 2018).…”

Governança Corporativa E Externalidades: Um Olhar Sobre O Desenvolvimento Pluridimensional Na Agenda 2030

“…e demonstrando a capacidade de suprir as necessidades atuais sem comprometer as futuras. Neste aspecto, salienta-se a relevância da viabilidade financeira, sem o comprometimento dos aspectos sociais O uso de indicadores de sustentabilidade é reconhecido e se torna útil para a elaboração de políticas públicas e na comunicação das ações e práticas das empresas, bem como dos países e até mesmo de unidades políticas subnacionais, ponderando de forma mais simples e quantificada, permitindo a comparação e a análise de medidas de sustentabilidade 60 .…”

“…Nestes casos, as taxas (pigouvianas) seriam um mecanismo para estabelecer As externalidades negativas causam impactos no meio ambiente e afetam os indivíduos de forma direta ou indireta, no curto ou longo prazos. As externalidades indicam que alguém é vítima de fatores que não estão sob seu controle, por decisões de outros seres humanos ou organizações que afetam e se estendem para além dos mercados formais, na relação entre os recursos naturais, a produção e o consumo34 .Sob o enfoque das preocupações da abordagem precursora de Pigou, as externalidades são efeitos ou consequência das atividades empresariais, as quais podem ser percebidas pela relação entre a produção, o consumo e a utilização dos bens públicos. Ele propõe o uso de taxas para regular o uso de bens públicos e bens privados, reconhecendo falhas de regulação governamental na exploração de recursos ambientais, por vezes comprometendo-os35 .Diversos estudos surgiram a partir desses argumentos, visando refletir as externalidades e os impactos das atividades empresariais 36 .…”