Avaliação da qualidade de vida, grau de incapacidade e do desenho da figura humana em pacientes com neuropatias na hanseníase

Abstract

Na hanseníase, a presença de sintomas dermatoneurológicos com potencial evolução para incapacidades físicas pode comprometer a qualidade de vida (QV) e a imagem corporal do paciente. Objetivo: Avaliar as possíveis associações entre a QV, o Grau de Incapacidade (GI) e o Desenho da Figura Humana (DFH) em indivíduos com neuropatia hansênica. Método: Este estudo consiste em um estudo descritivo, com abordagem quanti-qualitativa. Foram utilizados quatro instrumentos de avaliação: Questionário sociodemográfico, NeuroQol (Neuropathy-Specific Quality of Life Questionnaire), DFH e Formulário de avaliação do GI. Foram incluídos pacientes com GI 1 ou 2 nos pés e idade igual ou superior a 18 anos. Resultados: Foram avaliados 100 indivíduos. Entre aqueles com GI 2, houve uma tendência à omissão do nariz (p=0,050) e DFH no tamanho pequeno (p=0,047). Houve associação entre o DFH e o domínio QV Sintomas difuso sensitivo-motores (p=0,035), sugerindo que a omissão dos pés no DFH pode representar perda da QV. Conclusão: Indivíduos com neuropatia hansênica apresentam QV boa à moderada. A omissão de segmentos do corpo pode indicar conflitos e sentimentos de insegurança. Há indícios de perda de autonomia quando o paciente omite ou corta os pés no DFH.

Perfil clínico-epidemiológico de pessoas acometidas por úlceras neurotróficas decorrentes de hanseníase

“…Outros estudos corroboram com o achado justificando que o predomínio de indivíduos aposentados pode estar relacionado com a característica incapacitante da doença, que pode levar a uma aposentadoria por invalidez (Leite & Caldeira, 2015;Benedicto et al, 2017).…”

Diagnósticos de enfermagem com foco no problema para indivíduos acometidos pela hanseníase

“…No que se refere ao estilo de vida sedentário, as manifestações clínicas de neuropatia periférica, de membros superiores e inferiores, bem como as artralgias e neuralgias consequentes à infecção pelo bacilo de Hansen são muitas vezes responsáveis pela limitação à atividade física desses indivíduos, tendo como consequência as evidências clínicas identificadas de falta de condicionamento físico e atividade inferior à recomendada para o gênero e idade. Outros sujeitos, por sua vez, admitiram a prática de exercícios físicos de forma branda e suportável diante dos sintomas neuríticos que poderiam surgir de esforços maiores (15) .…”

Leprosy patients quality of life: a scoping review

“…Other studies, in their turn, show that early diagnosis and treatment (2,5,25,39,47,70,(76)(77) , the multidisciplinary approach to the patient (10,12,15,33,41,59,65,73,(81)(82)86) , the fight against social stigma (15,25,40,63,82,86) , the development of actions aimed at the prevention and appropriate management of disabilities (5)(6)8,28,64,71,85) , health education for patients affected by leprosy (39,54,77) , and adequate follow-up in the post-discharge period (22,38,70) are critical to improve the QoL of these individuals. The study has its limitations because the evidence from observational research identified in the review shall be interpreted taking into account the possible biases inherent to the methodological design, which in itself weakens the analysis of results.…”