Avaliação da Prevalência de Erros de Prescrições Recebidas em Uma Instituição de Utilidade Pública do Vale do Aço – MG

Abstract

Avaliar a prevalência de erros de prescrição de medicamentos em uma instituição de utilidade pública do Vale do Aço/Minas Gerais. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, por meio de uma abordagem qualiquantitativa. As informações foram coletadas por meio de uma amostra de 150 prescrições de uma instituição de utilidade pública da região, na qual foram contabilizados os erros, a partir de uma análise quanto a: legibilidade, rasuras, emendas, abreviaturas, nome do medicamento, concentração, unidade de medida, forma farmacêutica, intervalo de administração, dosagem, quantidade, via de administração, tempo de tratamento e orientações sobre administração, no período de março a setembro de 2015. Detectou-se o predomínio de alguns erros, tais como: ilegibilidade, presença de rasuras, presença apenas do nome fantasia, ausência do tempo de tratamento, ausência de concentração e ausência de unidade de medida. Diante desses problemas reforça-se a importância do seguimento de prescrições padronizadas, a fim de aumentar a adesão ao tratamento e, assim, reduzir ocorrências relacionadas aos erros destas, fato que pode ser aprimorado pelo diálogo interdisciplinar.Palavras-chave: Erros de Medicação. Ilegibilidade. Interdisciplinariedade.AbstractTo evaluate the prevalence of prescription drug errors in a public utility institution Valley Steel / Minas Gerais. This was a descriptive cross-sectional study, by means of a quali-quantitative approach. Since the information was collected through a sample of 150 prescriptions of a public utility institution in the region in which the errors were recorded, from an analysis as to: Readability, erasures, amendments, abbreviations, drug name, concentration measured unit dosage form, dosing interval, dosage, quantity, route of administration, duration of treatment and administration of guidelines. We detected the predominance of some errors, such as illegibility, presence of erasures, only the presence of fancy name, absence of treatment time, lack of concentration and lack of measurement unit. In view of these problems reinforces the importance of following standard requirements in order to increase adherence to treatment and thus reduce incidents related to these errors, which can be enhanced by interdisciplinary dialogue.Keywords: Medication Errors. Illegibility. Interdisplinariedade.

Avaliação das prescrições medicamentosas de pacientes hospitalizados

“…A posologia consiste na descrição da dose, no número de vezes que o medicamento será administrado e como será administrado e a inexistência desse item nas prescrições é preocupante, visto que nos ambientes hospitalares as medicações são preparadas e administradas na hora, e boa parte por via endovenosa o que pode provocar intoxicações graves (MIRANDA et al, 2016;ALECRIM et al, 2017;SOUSA, 2017). "De acordo com Bargiela et al (2017), os erros relacionados aos MPP's estão associados a falta de padronização das prescrições e dificuldade de acesso às informações, justificando a necessidade de implementar diretrizes nos hospitais e outros locais de saúde, favorecendo o manejo seguro.…”

Avaliação formal de prescrições odontológicas no âmbito da atenção primária em município do Seridó Potiguar

“…Quanto ao item 'duração do tratamento', este estava ausente em número considerável das prescrições analisadas (39,39%), o que corrobora estudos realizados em município de Sergipe, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. 8,16,18 Por se tratar de consultas odontológicas que, em geral, originam tratamentos curtos, a importância da definição da duração do tratamento poderia ser subestimada por alguns profissionais, no entanto, envolvem fármacos de uso sistêmico, portanto, com maior risco de reações adversas. 8 Além disso, 37,79% dos medicamentos prescritos eram antimicrobianos, o que torna a situação ainda mais crítica.…”

“…Portanto, a prescrição compreende o plano terapêutico elaborado por profissionais legalmente habilitados, mas que pode se perder quando o paciente ou seus familiares não entendem o que foi prescrito. 18,19 A avaliação da compreensão de prescrições de medicamentos a partir de aferição de respostas de usuários em serviços ambulatoriais de Porto Alegre, RS constatou que 34% dos pacientes apresentou nível de conhecimento insuficiente a respeito das informações principais do tratamento e os 55% que apresentou nível suficiente teriam, porém, dificuldade de conduzi-lo de forma adequada frente a alguma intercorrência. 16 Por outro lado, estudo realizado em unidade básica de saúde de Belo Horizonte, MG constatou que 66,7% dos entrevistados não possuía bom nível de compreensão sobre os medicamentos prescritos e, em geral, não tinham consciência dessa limitação, já que a taxa de compreensão autorrelatada (85,5%) foi superior à avaliada pelos pesquisadores (33,3%).…”

Análise das prescrições de medicamentos na atenção primária à saúde de um município Centro-potiguar

“…Para o item não conforme data da prescrição (34,1%), esse também superou resultados de estudos desenvolvidos em farmácia básica de Pontal do Araguaia (0,8%), 21 em UBS de Ouro Preto (0,19%), 24 na atenção primária de Caicó (RN) (0,0% e 1,6%, respectivamente), 26,27 em UBS de Ijuí (RS) (0,8%) 28 e em uma instituição de utilidade pública do Vale do Aço (MG) (8,6%). 29 Angicos utiliza o sistema HÓRUS, por meio do qual assistentes de farmácia e farmacêuticos conseguem, pelo histórico de dispensação, verificar a última vez que o medicamento de uso contínuo foi entregue a determinado usuário. Isso reduz o risco desse ser distribuído/dispensado antes da data prevista no sistema, contudo não anula a não conformidade com a legislação nem resolve o problema, pois há medicamentos de uso não contínuo, além da necessidade de se averiguar a data de validade da prescrição, a fim de reduzir a tendência à automedicação.…”

“…A não conformidade das prescrições analisadas neste estudo com a legislação em vigor, além de superar resultados constatados em outros estudos de análise de prescrições de medicamentos na atenção primária, 19,21,[24][25][26][27][28][29]34 contraria recomendações internacionais para prescrição de medicamentos efetiva e segura. 30,31,38…”