Avaliação da performance de metodologias de detecção de Cryptosporidium spp. e Giardia spp. em água destinada ao consumo humano, para o atendimento às demandas da Vigilância em Saúde Ambiental no Brasil

Detecção de cistos de Giardia spp. e oocistos de Cryptosporidium spp. na água bruta das estações de tratamento no município de Blumenau, SC, Brasil

“…a recuperação ficou abaixo do recomendado (recuperação de 29,3% e desvio padrão de 39,57%), possivelmente devido a alta turbidez da água do manancial (ETA II). As sujidades presentes na amostra concentrada pela técnica de filtração em membranas é um dos maiores problemas enfrentados quando da realização da etapa de recuperação de oocistos (Franco et al, 2012) No controle negativo dos testes de recuperação foram utilizados 2L de água proveniente do manancial ETA II e não foram detectados cistos e oocistos.…”

“…Isso corrobora com os trabalhos realizados por Crockett (2004), que não obtiveram valores significativos de correlação em relação a este parâmetro. Cabe ressaltar também que a turbidez da água é o maior fator limitante da técnica de filtração em membranas, pois pode ocorrer rápida obstrução da malha filtrante com consequente redução do volume efetivamente filtrado e necessidade de substituição das membranas para filtrar todo o volume estipulado, o que pode ocasionar a perda de estruturas infectivas (Franco et al, 2012).…”

Avaliação e tratamento da água de lavagem dos filtros e dos resíduos sedimentados gerados pela tecnologia de ciclo completo contendo oocistos de <i>Cryptosporidium</i> spp. e cistos de <i>Giardia</i> spp.

“…Esses resíduos podem conter cistos e oocistos potencialmente infectantes e persistentes em ambientes aquáticos (Franco et al, 2001;Hachich et al, 2004;Sato et al, 2013). Os resíduos de ETAs geralmente apresentam elevada turbidez, o que confere desafios para os métodos de detecção de (oo)cistos (Franco et al, 2012). Ademais, os resíduos gerados por uma estação de tratamento de esgoto (ETE) são mais estudados do que os resíduos de ETA (Cordeiro, 1999).…”

“…Em geral, os métodos de detecção de (oo)cistos são constituídos em três etapas, a concentração, a purificação e a visualização e contagem de (oo)cistos. Entretanto, as metodologias de detecção de protozoários na água ainda estão sujeitas a grande variabilidade, baixa reprodutibilidade e alto custo (Franco et al, 2012). Além disso, as formas de quantificação de (oo)cistos devem ser feitas com frequência adequada e garantir eficiência para o monitoramento e minimização de erros (Ongerth, 2013).…”

“…Entretanto, apresenta limitações, como a perda de organismos no sobrenadante e erros de leitura provenientes de resultados falso-negativos ou falso-positivos, principalmente decorrentes da presença de material particulado. Alterações morfológicas dos (oo)cistos podem ocorrer devido às mudanças de pH e, assim, interferir na viabilidade (Cantusio Neto, 2008;Franco et al, 2012). Outros métodos aplicam filtração em membranas de ésteres mistos de celulose com porosidade de 3 µm.…”